O Brasil já tem representante confirmado para o Oscar 2026. O longa O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho e estrelado por Wagner Moura, foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para concorrer na categoria de Melhor Filme Internacional.
No Brasil, o filme chega aos cinemas em 6 de novembro, distribuído pela Vitrine Filmes, e ainda terá que disputar com outras produções internacionais para garantir a indicação final ao Oscar. A seleção nacional envolveu uma comissão de 25 membros da Academia Brasileira de Cinema, incluindo artistas e especialistas do setor.
Qual a história de O Agente Secreto? Veja trailer
Ambientado em Recife no ano de 1977, O Agente Secreto acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que retorna à cidade natal em busca de paz, apenas para se deparar com segredos e perigos que o aguardam. O longa combina elementos de thriller político com drama familiar, trazendo à tona o clima tenso do Brasil da época.
O elenco do filme reúne nomes consagrados do cinema nacional, incluindo Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Alice Carvalho, Carlos Francisco, Roberto Diogenes e Hermila Guedes. O ator alemão Udo Kier, conhecido por Bacurau, também participa da produção, que teve roteiro e direção assinados por Kleber Mendonça Filho.
A obra finalmente chega aos cinemas brasileiros em 6 de novembro. Como trata-se de uma obra com chances de vencer o Oscar, a tendência é que o longa consiga bastante espaço nas salas de cinema brasileiras.
Premiações internacionais e reconhecimento crítico
O filme já coleciona prêmios e elogios pelo mundo. No Festival de Cannes 2025, Kleber Mendonça Filho levou o prêmio de Melhor Direção, enquanto Wagner Moura foi eleito Melhor Ator. Além disso, o longa conquistou a premiação de Cinema de Arte e o prêmio da crítica da FIPRESCI, consolidando sua posição como uma das obras mais aclamadas do cinema brasileiro recente.
Críticos internacionais também celebraram O Agente Secreto. O jornal inglês The Guardian definiu o filme como “visual e dramaticamente soberbo”, enquanto a revista americana Hollywood Reporter elogiou o retorno de Wagner Moura ao cinema brasileiro, chamando a obra de “magistral”.
Estreia no Brasil e concorrentes nacionais
Com essa caminhada, o filme já era visto como aposta certa para o Brasil no Oscar. No entanto, a escolha acabou rendendo debates nas últimas semanas, após o anúncio dos seis finalistas na corrida.
Entre os rivais estavam Baby, Kasa Branca, Manas, O Último Azul e Oeste Outra Vez. Cada filme precisou cumprir as regras de elegibilidade do Oscar, como duração mínima de 40 minutos, produção fora dos Estados Unidos e mais de 50% do áudio em idioma original diferente do inglês.
O filme Manas acabou recebendo o apoio de grandes empresas em uma campanha para ir ao Oscar nos últimos dias, o que acabou rendendo debates. A decisão, anunciada nesta segunda-feira (15), veio acompanhada de questionamentos sobre a demora na definição do título brasileiro.
Renata A. Magalhães, presidente da Academia, explicou que a escolha segue um calendário rígido definido pela organização do Oscar. “O link para enviarmos nossa comissão de seleção é aberto apenas uma semana antes”, explicou.
“Essa data é proposital e dá tempo para os principais festivais do mundo acontecerem, como Berlim, Cannes e Veneza”, afirmou. Ela também destacou a qualidade do cinema nacional: “Não se trata de um filme só, mas de uma cinematografia inteira com títulos maravilhosos”.
Próximos passos para O Agente Secreto no Oscar
A partir daqui, o caminho para a estatueta segue duas etapas. Primeiro, os membros da Academia dos Estados Unidos assistem aos filmes inscritos e votam em uma lista de até 15 finalistas. Na segunda fase, os cinco títulos mais votados se tornam os indicados oficiais, que disputarão a estatueta na cerimônia do Oscar 2026, marcada para 15 de março.
Além da qualidade do filme, uma boa divulgação internacional é fundamental. A visibilidade fora do Brasil pode influenciar diretamente o interesse dos votantes, aumentando as chances de o longa ser lembrado na votação final. Assim, O Agente Secreto não depende apenas de seu elenco, direção e narrativa, mas também de estratégias de promoção que façam o mundo notar o cinema brasileiro mais uma vez.
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