Após vazamentos, Apple remove da App Store aplicativos polêmicos de fofocas

A Apple removeu os aplicativos de relacionamento Tea e TeaOnHer da App Store nesta terça-feira (21). Os apps, que ganharam destaque internacional por seu caráter polêmico, violavam diretrizes da empresa relacionadas à moderação de conteúdo e à proteção da privacidade dos usuários.

A remoção foi inicialmente detectada pela plataforma Appfigures e, em seguida, confirmada pela própria Apple. Segundo a companhia, ambos os apps acumulavam um número excessivo de reclamações e avaliações negativas — muitas delas relacionadas à divulgação de informações pessoais de menores de idade.

A Apple removeu o Tea da App Store, mas o aplicativo continua disponível na Play Store. (Fonte: Tea/Reprodução)

De acordo com o comunicado, as exclusões foram baseadas em três violações do App Review Guidelines:

  • Regra 1.2: apps com conteúdo gerado por usuários devem incluir botões de bloqueio e denúncia, além de mecanismos eficazes para remover conteúdo inadequado;
  • Regra 5.1.2: proíbe o uso ou compartilhamento de dados pessoais sem o consentimento explícito do usuário;
  • Regra 5.6: prevê a remoção de aplicativos que acumulam volume elevado de denúncias e avaliações negativas, em desacordo com o Código de Conduta de Desenvolvedores.

Apps que alimentaram polêmicas

Lançados há alguns anos, os apps Tea e TeaOnHer voltaram à popularidade no início de 2025. O primeiro encorajava mulheres a compartilhar avaliações e experiências com homens com quem se relacionaram — especialmente em encontros iniciados em outros aplicativos. Já o segundo seguia a mesma lógica, mas voltado para o público masculino.

A proposta, embora viral, rapidamente levantou questionamentos sobre privacidade e ética, já que o modelo de “avaliações pessoais” poderia estimular difamações e exposição indevida de terceiros.

Vazamento agravou a situação

As preocupações com segurança cresceram ainda mais em julho, quando o Tea sofreu um grave vazamento de dados. Hackers obtiveram acesso a mais de 72 mil imagens, incluindo cerca de 3 mil selfies e fotos de documentos usados na verificação de idade de usuários.

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