Apple avalia usar Gemini para impulsionar nova versão da Siri com IA

A Apple está em discussões iniciais com o Google para explorar o uso do modelo de inteligência artificial (IA) Gemini como base da próxima geração da Siri.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, o Google já começou a treinar um modelo que poderia rodar nos servidores da Apple. As conversas, no entanto, ainda são consideradas exploratórias e não há negociações comerciais formais em andamento.

Empresas já tem parceria de longa data (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Apple e Google juntos de novo?

  • A medida faz parte do esforço da Apple para avançar no campo da inteligência artificial generativa, onde chegou tardiamente e tem enfrentado dificuldades para ganhar espaço;
  • Anteriormente, a empresa também havia avaliado parcerias com a Anthropic, criadora do Claude, e com a OpenAI, responsável pelo ChatGPT, como potenciais fornecedoras para a tecnologia que dará suporte ao assistente de voz;
  • Internamente, a companhia conduz um processo de “bake-off“, colocando diferentes modelos à prova;
  • Duas versões da nova Siri estão em desenvolvimento: uma chamada Linwood, baseada em modelos próprios da Apple, e outra denominada Glenwood, que utiliza tecnologia externa;
  • A escolha final ainda deve levar semanas para ser definida.

Mark Gurman, da Bloomberg, informou que a Apple já iniciou testes com um modelo de IA de um trilhão de parâmetros, muito mais robusto que os modelos atuais de 150 bilhões de parâmetros que a empresa utiliza em seus servidores. Apesar disso, executivos da companhia consideram que a parceria com fornecedores externos pode acelerar a entrega de um assistente mais avançado.

O projeto de reformulação da Siri, anunciado pela Apple em junho de 2024 para o iOS 18, sofreu atrasos significativos devido a obstáculos de engenharia e mudanças na liderança. A atualização, que prometia permitir comandos baseados em dados pessoais e navegação completa por voz, foi adiada para 2026.

Atualmente, o desenvolvimento está sob a supervisão do chefe de software Craig Federighi e de Mike Rockwell, responsável pelos óculos de realidade mista Apple Vision Pro. O antigo líder de IA da empresa, John Giannandrea, foi afastado do projeto após os problemas.

Projeto de reformulação da Siri, anunciado pela Apple em junho de 2024 para o iOS 18, sofreu atrasos significativos devido a obstáculos de engenharia e mudanças na liderança (Imagem: sdx15/Shutterstock)

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Problemas na IA da maçã

As negociações com possíveis parceiros refletem esse cenário. A Anthropic era vista como a principal candidata, mas as exigências financeiras da empresa levaram a Apple a ampliar o leque e considerar outras opções, incluindo o Google.

Enquanto isso, a equipe de modelos de IA da Apple enfrenta instabilidade, agravada pela saída de Ruoming Pang, seu arquiteto-chefe, que migrou para a Meta após receber um pacote de US$ 200 milhões (R$ 1,08 bilhão, na conversão direta) e um cargo de liderança no recém-criado Superintelligence Labs.

Apesar da rivalidade em smartphones e sistemas operacionais, Apple e Google já mantêm parcerias. O buscador do Google é o padrão em dispositivos da Apple mediante um acordo bilionário, atualmente sob escrutínio do Departamento de Justiça dos EUA por questões antitruste.

No campo da IA, o Google já fornece tecnologia semelhante para a Samsung, reforçando sua posição como possível parceiro estratégico também para a Apple.

Samsung também é parceira do Google (Imagem: dennizn/Shutterstock)

Após a divulgação das conversas pela Bloomberg, as ações das duas empresas subiram: os papéis da Alphabet (que controla o Google) avançaram 2,9%, para US$ 205,46 (R$ 1114,05), enquanto os da Apple registraram alta de 1,4%, a US$ 227,95 (R$ 1235,99).

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