Apple não deve encerrar programa de diversidade — ao contrário de outras big techs

Investidores da Apple vão votar um pedido feito pelo conselho da companhia para não encerrar seu programa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). A assembleia anual será realizada virtualmente no dia 25 de fevereiro.

A poucos dias para a posse do republicano Donald Trump na Casa Branca, em cerimônia marcada para 20 de janeiro, Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) e Amazon anunciaram a revogação de ações relacionadas à diversidade. A Microsoft já havia feito o mesmo.

A medida ocorre após o Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas (NCPPR, na sigla em inglês) — considerado conservador, segundo a BBC — afirmar que esse tipo de programa expõe empresas a “riscos de litígio, reputação e financeiros”.

Apple pede que acionistas rejeitem proposta (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

No comunicado divulgado aos acionistas, a Apple declarou que a recomendação é desnecessária, pois a empresa “tem um programa de conformidade bem estabelecido”. 

“A proposta também tenta restringir de forma inapropriada a capacidade da Apple de gerenciar suas próprias operações comerciais comuns, pessoas e equipes, e estratégias comerciais.”

O principal programa de diversidade da empresa liderada por Tim Cook é o Diversity Network Associations (DNA), que promove em todo o mundo atividades de acolhimento para mulheres, negros, pessoas com deficiência, etc.

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Votação está marcada para 25 de fevereiro (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

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Em novembro do ano passado, o Walmart — um dos maiores conglomerados do setor de varejo do mundo — também aderiu à proposta do NCPPR e deu fim à prioridade de contratação por raça e gênero.

Mais recentemente, o McDonald’s abandonou metas criadas para alcançar diversidade nos níveis de liderança sênior em lojas dos Estados Unidos. “Estamos a favor de uma discussão mais integrada com os fornecedores sobre a inclusão no que se refere ao desempenho comercial”, diz o comunicado.

O principal argumento usado pelas companhias se baseia em uma decisão da Suprema Corte do país — de maioria conservadora — que colocou fim às ações afirmativas em universidades, cravando uma derrota ao Movimento pelos Direitos Civis, de 1960.

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