Apple remove apps LGBTQIA+ da App Store por ordem da China

A Apple removeu dois dos principais aplicativos de relacionamento gay da App Store na China, segundo revelou a revista Wired. A decisão partiu de uma ordem da Administração do Ciberespaço da China (CAC), o órgão responsável pela regulamentação de conteúdo digital no país.

Os aplicativos afetados foram o Blued e o Finka, que agora estão indisponíveis para download na loja do iOS chinesa e em lojas de apps alternativas para Android. “Respeitamos as leis dos países onde operamos. Com base em uma ordem da Administração do Ciberespaço da China, removemos esses dois aplicativos apenas da loja chinesa”, declarou um porta-voz da Apple em resposta à publicação.

A Apple removeu o Blued e o Finka da App Store da China. (Imagem: Getty Images)

Em nota, a Apple explicou que os dois aplicativos já não estavam mais disponíveis em outras regiões há algum tempo. O Blued, por exemplo, estava restrito exclusivamente à China antes da remoção. Ainda não há confirmação se a medida é temporária ou permanente, mas há precedentes de apps que retornaram à loja após ajustes solicitados pelas autoridades locais, ressaltou o Wired.

Remoções de aplicativos voltados ao público LGBTQIA+ não são inéditas no país. Em 2022, o Grindr também foi retirado da App Store chinesa em um movimento semelhante, refletindo a política de forte controle sobre conteúdos e plataformas digitais que tratam de temas considerados sensíveis pelo governo.

Embora a homossexualidade não seja mais considerada crime na China desde a década de 1990, o governo ainda não reconhece casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, restrições a aplicativos e comunidades online acontecem com certa frequência.

O app Blued chegou ao Brasil em 2020. Em 2024, o aplicativo passou a se chamar HeeSay no mercado internacional, crescendo em relevância em países como Índia, Paquistão e Filipinas, segundo o Wall Street Journal.

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