Milhões de brasileiros já podem acessar o chamado Pix parcelado. A nova modalidade consiste numa operação de crédito comum, ou seja, o cliente escolhe o produto ou serviço, a instituição financeira paga todo o valor de uma vez para o lojista e o cliente, por sua vez, paga a instituição em parcelas.
Sim, é bem similar a um cartão de crédito tradicional, mas a promessa é de juros mais acessíveis e não há a necessidade de um cartão “físico” para compras presenciais.
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Segundo o jornal Folha de S.Paulo, pelo menos 10 bancos e instituições financeiras já oferecem o Pix parcelado. As regras, porém, ainda não estão uniformizadas.
Como informamos aqui no Olhar Digital, o Banco Central deve regulamentar o novo formato ainda neste mês de setembro. Quem estipulou o prazo foi o presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo.
Até a padronização, no entanto, os bancos (nem todos) já começaram a oferecer o serviço. E a gente mostra agora para vocês como está funcionando.

Como funciona?
- Existem duas modalidades principais: por empréstimo pessoal e via cartão de crédito.
- Na primeira, as parcelas são descontadas diretamente da conta bancária do cliente.
- Já na segunda, a cobrança vem em parcelas na fatura do cartão.
- Segundo os bancos, as taxas variam conforme o perfil do cliente.
- Normalmente, elas vão de 1,59% a 9,99% ao mês, mas podem sofrer pequenas alterações.
- Você pode contratar o serviço no aplicativo do banco, na hora de pagar a compra via Pix por QR Code, ao digitar a chave, ou ao fazer uma transferência.
- Como dissemos acima, nem todos os bancos oferecem a modalidade – e as regras podem mudar após regulamentação do BC.
- A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) faz ainda outra ressalva: nem todas as instituições serão obrigadas a oferecer o parcelamento.
- Algumas já lançaram o produto, outras estão esperando o Banco Central e tem ainda aquelas que podem demorar meses – ou ignorar até a novidade.
- Um detalhe importante é que o Pix parcelado sempre vem com a cobrança de juros nas parcelas.
- É por isso que os especialistas pedem cuidado às pessoas, para que não se endividem ainda mais, como já fazem com os cartões de crédito.

Números sobre o Pix
O Pix já é o meio de pagamento mais popular do Brasil. Desde o seu lançamento, em novembro de 2020, até agora, a modalidade movimentou aproximadamente R$ 76 trilhões (em mais de 175 bilhões de transações).
A média de pagamento com Pix no período foi de R$ 1.362. O recorde de movimentações foi em 6 de junho de 2025, com 276 milhões de transações em um único dia.
De acordo com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, esses números devem crescer ainda mais com a nova modalidade. Isso porque o Pix parcelado deve beneficiar as cerca de 60 milhões de pessoas que não têm cartão de crédito no Brasil.
Durante evento na Associação Comercial de São Paulo, no mês passado, o presidente do BC disse que o Pix parcelado não vai necessariamente acabar com os cartões de crédito, mas sim aumentar a concorrência:
“Será mais uma alternativa; o Banco Central não quer restringir as alternativas que existem, ele quer oferecer mais alternativas e deixar que o cidadão, o comércio e o varejo escolham aquela que lhe parece mais competitiva e mais interessante”, afirmou Galípolo.

Você pode ler mais sobre o Pix nesta outra página do Olhar Digital.
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