Big Data e saúde: como dados são utilizados na saúde para salvar vidas

Com potencial para revolucionar a medicina, o uso de big data na saúde pode melhorar diagnósticos e personalizar tratamentos. A tecnologia também auxilia na previsão de epidemias e pandemias, permitindo se antecipar a crises como a da covid-19, que causou milhões de mortes.

A gestão hospitalar é outra área que pode se beneficiar com esta solução otimizada pela IA generativa, reduzindo desperdícios de recursos, melhorando a eficiência operacional e aprimorando a tomada de decisões estratégicas. Além disso, ela contribui para melhorar a qualidade do atendimento e superar outros desafios.

O que é Big Data?

O termo se refere aos grandes volumes de dados dos mais variados tipos de fontes, como redes sociais, transações financeiras e dispositivos conectados. Essas informações são geradas todos os dias e servem de base para otimizações em diferentes áreas, incluindo a saúde.

A partir de ferramentas avançadas e com a integração da inteligência artificial, tem se tornado mais fácil identificar padrões e tendências em meio a tais bancos de dados. Dessa forma, é possível obter insights valiosos para os mais variados tipos de necessidades.

A inteligência artificial na saúde aprimorou a análise de dados de pacientes. (Imagem: NicoElNino/Getty Images)

Os 5 Vs do Big Data

Para extrair valor dos dados, aumentando a eficácia da transformação digital, são levados em conta os “5 Vs do Big Data”. Esse conceito representa as características e os desafios fundamentais para a análise das informações coletadas.

São eles:

  • Volume: medido em terabytes, petabytes e daí em diante, diz respeito à quantidade massiva dos dados gerados por meio de redes sociais, dispositivos de internet das coisas, tecnologia vestível etc;
  • Velocidade: representa a rapidez com que essas informações surgem, são transmitidas e precisam ser processadas, o que muitas vezes acontece em tempo real para obter vantagem;
  • Variedade: abrange tipos e formatos de dados originados de diversas fontes, como textos, imagens e vídeos, podendo ser estruturados, semiestruturados ou não estruturados;
  • Veracidade: indica a precisão e a confiabilidade dos dados, reforçando a importância da filtragem das informações para evitar erros;
  • Valor: é a capacidade de obter informações úteis que resultarão em benefícios reais, como aumento de receitas e melhoria no atendimento, ao analisar grandes volumes de dados.

Big Data aplicado à medicina e saúde

A análise de dados em saúde representa a coleta e o processamento de informações em grande escala de pacientes, complexas demais para mecanismos convencionais. Para aprimorá-la, são utilizados algoritmos de aprendizado de máquina em um trabalho que também inclui cientistas de dados.

Os resultados podem contribuir para melhorias além dos benefícios diretos para usuários, médicos e administradores. Os governos têm a possibilidade de usá-los para identificar áreas carentes de atendimento e reforçar a quantidade de profissionais para certas especialidades, por exemplo.

Uma das vantagens oferecidas pela tecnologia é o aprimoramento no desenvolvimento de novos medicamentos com base em características dos pacientes. (Imagem: BlackJack3D/Getty Images)

Já os pesquisadores aproveitam os relatórios para detectar epidemias ou pandemias surgindo, alertando as autoridades com antecedência. A indústria farmacêutica, por sua vez, tem no big data um poderoso aliado para desenvolver novos medicamentos de maneira mais rápida e barata.

Como dados são coletados no setor de saúde

A digitalização dos prontuários médicos foi decisiva para os avanços na área, consistindo em uma das principais fontes de dados. Os registros também trazem detalhes comportamentais, como dieta e condições de saúde mental, fornecendo um panorama completo para os algoritmos.

Mas os dados podem ser obtidos, ainda, com os wearables, o que inclui os monitoramentos feitos por relógios inteligentes e pulseiras fitness, e aplicativos de saúde. Esforços de marketing digital e as redes sociais são alguns dos outros meios de coletar informações para a análise.

As informações rastreadas por relógios e pulseiras inteligentes também são utilizadas pelo big data na saúde. (Imagem: gahsoon/Getty Images)

Institucionalmente, as gestões hospitalares geram insights a partir dos dados de prestação de serviços de saúde. Os cronogramas de pessoal, que determinam a quantidade de profissionais necessários para cuidar dos pacientes em um determinado período, são uma das opções.

Dados de sinistro de seguro, encaminhamentos médicos e o tempo de espera do paciente são outras informações valiosas. Também são aproveitadas as métricas de desempenho de funcionários, como a quantidade de atendimentos por hora, e da cadeia de suprimentos.

Medicina personalizada e tratamentos sob medida

Como dados ajudam a salvar vidas? Se antigamente o acúmulo de enormes volumes de informações era caro e impreciso, hoje tecnologias inovadoras permitem convertê-los em dados facilmente legíveis, oferecendo aos médicos soluções sob medida para cada paciente.

As amostras de big data possibilitam a identificação de sinais de alerta de uma doença grave antes mesmo que ela surja, por meio de algoritmos e ferramentas de IA. Em geral, o tratamento em estágio inicial é mais simples, barato e eficiente, aumentando as chances de cura.

Um paciente que tenha hipertensão, por exemplo, pode usar um smartwatch calibrado para monitorar os valores de pressão arterial e enviar as informações ao cardiologista. Analisando os dados de maneira completa, o especialista tem a chance de realizar adaptações na abordagem terapêutica para prevenir novos episódios adversos.

O mesmo vale para diversos outros tipos de doenças, incluindo aquelas associadas à saúde mental. Graças à identificação otimizada de padrões, o big data na saúde também prevê comportamentos suicidas, acelerando intervenções preventivas essenciais para salvar vidas.

A partir da análise dos dados médicos, profissionais de saúde podem sugerir tratamentos específicos para cada paciente. (Imagem: SDI Productions/Getty Images)

A análise massiva de dados viabiliza, ainda, a medicina de precisão ao identificar pessoas que se beneficiem de certos medicamentos ou procedimentos. Isso leva ao desenvolvimento de tratamentos personalizados, tornando a reabilitação mais rápida.

Compreender melhor os perfis genéticos dos indivíduos também facilita a criação de medicamentos específicos e o entendimento de doenças complexas. Monitoramento remoto e o atendimento contínuo são outras vantagens fornecidas.

Na telemedicina, o uso de big data traz mais celeridade a todos os processos, possibilitando avaliações rápidas e eficazes. Com a inovação tecnológica, é possível promover atendimento de qualidade para quem vive em áreas remotas e nem sempre tem a chance de ir a um hospital.

Desafios da tecnologia na medicina

Revolucionando a saúde ao promover uma visão mais global e preditiva, o big data lida com desafios, como a organização e a priorização das informações. Mesmo com a capacidade de análise dos sistemas modernos, identificar conteúdos realmente úteis dá trabalho, com dados incompletos ou fragmentados podendo gerar erros graves.

Também é essencial que profissionais capacitados tenham acesso aos dados para aproveitá-los de forma inteligente, o que nem sempre acontece. Além disso, é necessário investir em sistemas robustos e caros para obter os benefícios da tecnologia, deixando de fora instituições sem muitos recursos financeiros.

As aplicações de Big Data em hospitais também podem resultar em melhorias no atendimento ao paciente e na gestão da unidade de saúde. (Imagem: South_agency/Getty Images)

Como o big data na saúde lida com volumes gigantescos de dados, há, ainda, preocupações quanto à privacidade dessas informações. Diante da possibilidade de vazamentos por meio de falhas e ataques cibernéticos, a adoção da tecnologia passa por investimentos em segurança cibernética.

Outro desafio está na adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que estabelece regras para coleta, tratamento, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais. Equilibrando a inovação com as questões éticas e regulatórias, a análise de dados pode se tornar uma grande aliada da medicina.

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