As grandes empresas de tecnologia estão pagando fortunas e adotando táticas pouco convencionais para contratar os melhores pesquisadores de inteligência artificial, no que vem sendo chamado de “aquisição reversa”, como explica o Wall Street Journal.
Nesta tática, em vez de adquirir startups inteiras, elas contratam fundadores e equipes-chave, licenciam tecnologias e deixam o restante da empresa para seguir novos caminhos ou serem adquiridas por outra companhia.
Big techs investem em peso
- Microsoft, Meta, Amazon e Alphabet já realizaram operações desse tipo, pagando bilhões por executivos e licenças de tecnologia.
- A prática permite às Big Techs obter talento e inovação rapidamente, sem enfrentar obstáculos regulatórios ou integrações complexas, em meio à corrida pela supremacia da IA.
- No entanto, essa estratégia pode prejudicar a cultura de risco e recompensa que sustenta o Vale do Silício.
- Funcionários de startups tradicionais, que apostam no sucesso de uma empresa em troca de retornos elevados, muitas vezes perdem oportunidades ou não recebem compensações equivalentes.
- Exemplos recentes incluem a aquisição da Windsurf pelo Google, que deixou muitos funcionários frustrados com pagamentos inferiores aos esperados.
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Startups saindo prejudicadas
Especialistas alertam que, se a tendência continuar, profissionais podem optar por ingressar diretamente em grandes empresas, reduzindo a disponibilidade de talentos para startups e tornando o ecossistema mais superficial.
Embora as Big Techs se beneficiem a curto prazo, essa dinâmica ameaça o motor de inovação que fez do Vale do Silício uma referência global em tecnologia.
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