Nos últimos dias, o presidente Donald Trump jogou um balde de água fria nas esperanças da Nvidia ao afirmar que os chips de IA Blackwell serão de uso exclusivo dos norte-americanos. A declaração afasta a possibilidade de exportação dos produtos para a China.
Agora, o CEO da empresa resolveu se manifestar pela primeira vez sobre o assunto. Jensen Huang disse nesta sexta-feira (7) que “não houve discussões ativas” sobre a venda de uma versão específica dos dispositivos de última geração para Pequim.

Autorização da venda dos chips parecia estar próxima
Segundo informação da Reuters, a declaração ocorreu durante visita do empresário à Taiwan, ilha considerada rebelde e reivindicada pelo governo chinês. No local, Huang deixou claro que não existe nenhuma negociação para liberação das vendas.
Essa possibilidade havia ganhado força após o encontro entre Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping, na Coreia do Sul. No entanto, o próprio republicano destacou que o assunto não foi discutido na reunião.

Recentemente, a Casa Branca permitiu que a Nvidia vendesse seu chip H20 na China. No entanto, Pequim está barrando essas aquisições em uma estratégia pensada para impulsionar a indústria doméstica de chips.
Atualmente, não estamos planejando enviar nada para a China. Cabe à China sinalizar quando eles quiserem que os produtos da Nvidia voltem a atender ao mercado chinês. Estou ansioso para que eles mudem sua política.
Jensen Huang, CEO da Nvidia
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- A proibição da exportação dos chips de IA Blackwell para a China faz parte de uma estratégia mais ampla adotada pela Casa Branca.
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca tenta impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
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