US$ 13,4 trilhões – aproximadamente R$ 72 trilhões. Essa era a riqueza coletiva dos 3.508 bilionários que existem no mundo em 2024. Em comparação a 2023, esse montante aumentou 10,3%. E nunca houve tantos ricaços.
Os dados, repercutidos nesta quarta-feira (29) pelo Wall Street Journal (WSJ), são da Altrata, empresa especializada em inteligência sobre patrimônio. Apenas pessoas com patrimônio mínimo de US$ 4,2 bilhões entraram na sua lista, considerando variações de valor líquido.
Maior parte da riqueza dos bilionários do mundo está nos Estados Unidos, segundo empresa
Cerca de um terço dos bilionários do planeta (1.135) está nos Estados Unidos. E esse terço acumula US$ 5,7 trilhões – 43% da riqueza global. Depois, vem a China, com 321 bilionários. Esses concentram US$ 1,3 trilhão (10% da riqueza global). O Brasil também aparece na pizza, numa fatia estreita, com US$ 21 bilhões.

Segundo o WSJ, a alta no mercado de ações impulsionou a fortuna dos mais ricos do mundo em 2024. E o boom da inteligência artificial (IA) tem ampliado ainda mais a distância entre os super-ricos.
A valorização das ações impulsionou as fortunas de bilionários dos EUA – por exemplo: Elon Musk (X, Tesla, SpaceX), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon).
Na China, entre os bilionários que apareceram na lista da Altrata estão: Zhong Shanshan (US$ 79,9 bilhões), fundador da fabricante de água engarrafada Nongfu Spring, e Pony Ma (US$ 71,5 bilhões), CEO da gigante de mídia social e videogames Tencent.
Com a saída de vários nomes asiáticos da lista, a Europa passou a ser a segunda região com maior número de bilionários, atrás apenas da América do Norte.
O número de bilionários no Velho Continente passou de mil pela primeira vez desde que a empresa começou a coletar dados, há mais de uma década. A lista inclui Bernard Arnault (US$ 236,4 bilhões), CEO do conglomerado de luxo LVMH, e Dieter Schwarz (US$ 45,9 bilhões), magnata do varejo por trás da rede de supermercados Lidl.
As oscilações do mercado podem incluir ou excluir nomes da lista. No caso da Europa, um exemplo notável de quem ficou de fora: o rei Charles III, do Reino Unido, cuja fortuna a Altrata estima em US$ 770 milhões.
Mudança na OpenAI faz ações da Microsoft dispararem
Falando em fortunas, EUA e afins, movimentações importantes ocorreram no setor tech na terça-feira (28). A OpenAI anunciou sua reestruturação para se tornar uma empresa de benefício público.

Isso abre espaço para atrair novos investidores, ter fins lucrativos e reduzir a dependência da Microsoft. Com esse novo arranjo, a big tech deixa de ter exclusividade sobre produtos e serviços da desenvolvedora do ChatGPT. Mas os contratos entre as duas empresas seguem até 2032.
Além disso, a nova configuração fortalece o papel do CEO da OpenAI, Sam Altman. Ele continua no comando da empresa, mas sem participação acionária.
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Em paralelo, Apple e Microsoft ultrapassaram a marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado na terça. A Apple chegou a esse patamar graças às boas vendas da linha iPhone 17. Já a Microsoft, por conta do anúncio da nova estrutura da OpenAI.
No entanto, ambas ainda ficam atrás da Nvidia, que lidera o ranking global. Seu valor de mercado passa dos US$ 4,6 trilhões.
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