O Brasil ficou em segundo lugar no ranking dos países que mais pesquisaram por descontos na Black Friday no Google nos últimos 12 meses, ficando atrás somente da França. O levantamento foi feito pela Conversion, agência de SEO, que também revelou os dez produtos que mais despertam o interesse de compra dos brasileiros. Neste ano, o evento será realizado em 28 de novembro.
Segundo a pesquisa, os dados reforçam a maturidade digital do consumidor brasileiro, consolidando a internet como canal decisivo para a data e indicam que o cliente tem cada vez mais organizado os gastos, evitando impulsos no momento da compra. Já entre os que não planejam as compras, fatores decisivos são frete grátis, descontos acima de 50%, entrega rápida e pagamento facilitado.
Em 2024, a Black Friday movimentou R$ 9,38 bilhões apenas no comércio eletrônico, segundo a Confi.Neotrust. Para 2025, a previsão da ABComm Forecast é de um faturamento total superior a R$ 13 bilhões.
As descobertas
- A França lidera em volume de buscas, com 440 mil pesquisas;
- O Brasil, nesse contexto, ocupa a segunda posição, com 387 mil buscas;
- Os Estados Unidos ficam em terceiro lugar, com cerca de 276 mil buscas;
- Em seguida, vem Itália, Alemanha, Reino Unido e Espanha, com 260 mil, 206 mil, 159 mil e 122 mil, respectivamente.
“Esses números evidenciam que a Black Friday, com o passar do tempo, expande os mercados e a economia global em sua totalidade, de promoções em lojas físicas a transações virtuais no e-commerce”, segundo a pesquisa.
Já a lista dos produtos que mais despertam o interesse para a Black Friday inclui iPhone, geladeira, notebook, ar-condicionado, smartphone, PlayStation 5, passagens aéreas, air fryer, televisão e tênis — produtos com valor potencialmente elevado no restante do ano e que tendem a ter bons descontos na Black Friday, dizem os analistas.
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IA decisiva na Black Friday
Ferramentas de inteligência artificial (IA) devem mudar o rumo das promoções em eventos como a Black Friday — e as estratégias terão de extrapolar recursos de deep learning ou simplesmente grandes descontos.
Anúncios que incorporam modelos de linguagem grande (LLMs, na sigla em inglês), por exemplo, viram aumentar em 44% o engajamento de potenciais clientes em comparação com modelos tradicionais de segmentação por palavras-chave, de acordo com dados da RTB House, empresa polonesa de tecnologia de publicidade.
“Com o deep learning, já conseguimos identificar comportamentos e recomendar produtos em tempo real com um nível de precisão singular. Mas a IA generativa vai além: ela entende emoções, interpreta contextos e cria narrativas personalizadas que se adaptam às expectativas do consumidor”, explica André Dylewski, Diretor de Desenvolvimento da RTB House para a América Latina, em artigo publicado no site da IAB Brasil.
“A publicidade deixa de apenas reagir a palavras-chave para verdadeiramente antecipar desejos — ela conversa, engaja e entrega relevância com inteligência real“, completa.
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