Brasil faz acordos comerciais com a Índia em áreas como vacinas e aeronaves

O Brasil estabeleceu nos últimos dias uma série de parcerias com a Índia que incluem maior cooperação em diferentes áreas da tecnologia, de saúde até aviação. Quem liderou a comitiva nacional foi o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

De acordo com Alckmin, investimentos de empresas indianas no Brasil e vice-versa já acontecem em um ritmo crescente e a tendência é que isso aumente. Alguns dos acordos, que incluem iniciativas fiscais mais flexíveis e preferências em negociações de diversos produtos, devem beneficiar também outros países do Mercosul.

Os novos acordos Brasil-Índia

Uma das novidades anunciadas por ambos os países envolve uma empresa específica: a Embraer, que já estava presente com aeronaves em território indiano, mas deve expandir as operações no país.

  • uma aliança entre a brasileira Fiocruz e a indiana Biological E na área de vacinas, para transferência de tecnologia e pesquisas conjuntas em áreas como os imunizantes pneumocócicos;
  • ampliação do Acordo de Preferências Tarifárias Mercosul-Índia para cobrir um número maior de áreas que terão “preferência nas vendas” entre os países;
  • expansão da atuação da Embraer na Índia, com a inauguração de um novo escritório na região e a possível aquisição de uma aeronave modelo C-390 Millenium pela Força Aérea Indiana;
  • o estabelecimento de um visto eletrônico a indianos pra facilitar os negócios entre empresas de ambos os países;
  • um novo contrato da Petrobras para exportar mais de 6 milhões de barris para uso na indústria indiana, além de um convite para que o país participe da disputa por blocos de exploração de bacias no Brasil.

Brasil e Índia são duas democracias importantes e queremos aprofundar nossas relações, ampliar comércio e criar oportunidades para fortalecer nossas economias, gerar empregos e renda para nossas nações. Ao trabalho! pic.twitter.com/cQTlEy5mza

— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) October 16, 2025

Questionado sobre a aliança ser uma possível alternativa às negociações com os Estados Unidos, ainda em fase de discussão sobre tarifas com o Brasil, Alckmin respondeu que a ideia não é competir em produtos, mas “ter complementaridade econômica“.

Vários dos acordos propostos, inclusive a aliança envolvendo o Mercosul, ainda devem levar alguns meses para serem oficializados e entrarem em vigor. A expetativa do governo brasileiro com essas medidas é elevar o comércio entre os países para US$ 15 bilhões ainda em 2025 e US$ 20 bilhões até 2026.

Um possível acordo entre Amazon e governo brasileiro levantou preocupações sobre soberania nacional. Entenda mais sobre o caso neste artigo!

Related posts

Data centers da Microsoft estariam causando problemas no México; empresa nega

Samsung pode usar Exynos 2600 nos Galaxy S26 em certos países

Netflix recebe 7 filmes e séries de peso na semana! Veja lista de lançamentos (20)