Brasil tem 40% de casas de apostas operando ilegalmente, aponta levantamento

Mesmo com os esforços do governo para regulamentar as bets, cerca de 40% das casas de apostas no Brasil operam de maneira ilegal, conforme reportagem de O Globo publicada hoje (29). Sem a necessidade de pagar impostos, essas plataformas oferecem probabilidades de vitórias (odds) mais altas.

O dado está em um levantamento da consultoria Regulus Partners, que também mostra o Brasil entre os cinco maiores mercados de apostas online do mundo em faturamento, junto com Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Rússia. Até novembro, o setor faturou R$ 32,2 bilhões, gerando 10 mil empregos diretos e 5,5 mil indiretos.

Perfil dos apostadores brasileiros

Somente em 2025, um total de 27,5 milhões de brasileiros fizeram apostas, o que dá mais de 10% da população, atualmente estimada em 213,4 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número se refere às 79 plataformas autorizadas a funcionar, segundo a publicação.

  • Os homens representam a maioria dos apostadores, com 67,8%, enquanto as mulheres são 32,2% do total de usuários das bets legalizadas;
  • Em relação à faixa etária, as pessoas de 31 a 40 anos são as que mais realizam apostas no mercado nacional, com 28,6% dos clientes dessas empresas;
  • Indivíduos de 18 a 24 anos e de 25 a 30 anos dividem a segunda posição, com 22,7% cada, enquanto os apostadores de 61 a 70 anos são apenas 2,7%;
  • O levantamento também mostra que o governo arrecadou R$ 7,95 bilhões em impostos federais aplicados ao setor, até outubro, incluindo R$ 3,3 bilhões oriundos de 12% sobre a receita bruta de jogos (GGR).
As plataformas de bets ilegais oferecem odds mais vantajosas para atrair os apostadores. (Imagem: Wpadington/Getty Images)

Quanto às medidas para combater as bets ilegais, 25.000 sites irregulares foram bloqueados desde outubro de 2024. Além disso, houve a remoção de 2.689 perfis de influencers e de 210 publicações, bem como o encerramento de 483 contas e a abertura de 93 processos de fiscalização.

Também chamam atenção as iniciativas para proteger o consumidor, como a criação do Observatório Saúde Brasil de Apostas Eletrônicas. Outro destaque foi a plataforma de autoexclusão, que oferece a possibilidade de bloquear, voluntariamente, o uso do CPF em bets e o recebimento de publicidade do segmento.

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