Nunca se falou tanto em inteligência artificial. Mas uma nova pesquisa divulgada nesta quinta-feira (31) pela AtlasIntel/Bloomberg mostra que isso não significa um domínio da tecnologia por quem a usa.
No Brasil, quase 62% dizem ter algum grau de familiaridade com “IA”. Outros 38% se dizem pouco ou nada familiarizados com o tema.
A maioria dos brasileiros (67,2%) já utilizou intencionalmente alguma ferramenta ou aplicação impulsionada por Inteligência Artificial (IA). As três mais populares são: assistentes de voz (73,7%), IA generativa para texto (69,8%), e ferramentas de tradução (69%).

Questionados sobre o quanto entendem da tecnologia, 35% responderam que compreendem “um pouco”, 24,5% disseram “moderadamente”, 18% afirmam que entendem “bem”, 13% responderam que não entendem “de forma alguma” e 9,5%, “muito bem”.
Frequência de uso
Na mesma pesquisa, 36% dos brasileiros relataram que utilizam ferramentas ou aplicativos com IA em uma frequência diária ou semanal, enquanto quase 22% usam apenas algumas vezes ao mês. Quase 42% disseram usar raramente ou nunca ferramentas de IA.
Os usos mais frequentes são: aprendizagem e pesquisa (74,4%), produtividade pessoal (escrita de e-mails, resumir documentos, agendamentos) (65%) e comunicação (57,7%). Isso inclui serviços da Siri, Alexa, Google Assistente, ChatGPT, Gemini, entre outros.

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Confiança na IA
A maioria dos brasileiros diz confiar, em algum grau ou totalmente, nas respostas/resultados fornecidos pelas ferramentas de IA (71,1%). Outros 25% afirmaram que confiam pouco ou nada em conteúdos de IA. No entanto, quando se trata de usar a IA para questões importantes, apenas 2% confiariam sem hesitar, enquanto 50,9% confiariam em alguns casos e 47,1% preferem o julgamento humano.
Sobre o impacto em empregos, 39,6% não acreditam que IA seja uma ameaça e apenas 22,4% acreditam que a IA poderia realizar a maior parte ou até mesmo a totalidade do seu trabalho. Outros 32,7% consideram que a tecnologia seria capaz de executar apenas alguns aspectos da atividade profissional.

As principais preocupações em relação aos possíveis efeitos da IA são: a criação e disseminação de notícias falsas e desinformação (64% dizem estar muito ou extremamente preocupados), a violação da privacidade pessoal (63%) e a vigilância dos cidadãos por parte do governo (54%).
A pesquisa entrevistou 7.334 pessoas adultas em todo o país entre os dias 25 e 27 de julho. A margem de erro é de um ponto percentual positivo ou negativo.
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