A ByteDance passou a estimar o valor do TikTok em US$ 330 bilhões, segundo fontes ouvidas pela Reuters. A cifra servirá de base para a próxima rodada de recompra de ações destinada a funcionários, com oferta de US$ 200,41 por ação — alta de cerca de 5,5% ante os US$ 189,90 oferecidos há seis meses, quando a empresa avaliava o app em US$ 315 bilhões. A operação deve ocorrer no outono do hemisfério norte.
No primeiro trimestre, o lucro da ByteDance superou US$ 43 bilhões, consolidando a companhia como a empresa de mídias sociais mais valiosa do mundo no período, à frente de plataformas como Facebook e Instagram, ambos da Meta. As recompras semestrais dão liquidez às participações de colaboradores e espelham um balanço fortalecido pelos negócios do grupo.

Pressões regulatórias e possíveis caminhos
Apesar do desempenho, o TikTok enfrenta resistência no Ocidente, com legislações que buscam limitar sua atuação fora da Ásia. Um dos exemplos é a lei que tenta forçar a venda do TikTok a uma companhia norte-americana como alternativa a um banimento definitivo. Donald Trump chegou a estender prazos por ordens executivas em diferentes momentos. A justificativa central de Washington é a segurança nacional.
A ByteDance segue lucrativa, mas o braço do TikTok nos Estados Unidos não teria a mesma performance — e a empresa já sinalizou considerar essa operação até dispensável. Segundo os relatos, a ByteDance prefere ser proibida no país a vender o TikTok para um grupo local.
Plano alternativo em avaliação
Há rumores de que a ByteDance estuda lançar um app independente apenas para o mercado americano, o que poderia evitar o banimento da plataforma original e a venda forçada. A manobra, porém, envolve riscos e depende do andamento de negociações internacionais, sobretudo de movimentações do governo dos EUA.
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