Na última quarta-feira (12) imagens impressionantes das Cataratas do Iguaçu circularam nas redes sociais. A cheia do Rio Paraná fez a principal passarela do local ser interditada para evitar riscos para os visitantes. Quem alertou sobre a cheia foi a usina de Itaipu, segunda maior hidrelétrica do mundo, que pode ser afetada pelo aumento do volume de água no local.
Normalmente quando falamos de chuvas e as usinas hidrelétricas mencionam a estiagem, período de seca em que a capacidade de produção de energia é reduzida nestes locais. No entanto, a cheia também pode reduzir a disponibilidade energética da usina.
O Olhar Digital entrou em contato com a administração de Itaipu para entender a situação. De acordo com os operadores, em geral as cheias reduzem a produção energética do local. Já que a cheia ocorre na parte do rio que fica abaixo da usina e acaba atrapalhando a vazão da água que passa pelas turbinas.
“Em geral, as cheias no rio Paraná a jusante (abaixo) da Itaipu reduzem a disponibilidade energética da usina, uma vez que, para uma hidrelétrica, a potência de uma unidade geradora é proporcional à queda bruta (a diferença entre o nível do reservatório e o nível a jusante da usina)”, disse a nota.
“Assim, quando há um aumento do nível jusante (abaixo), ocorre uma redução da queda bruta que resulta em menor disponibilidade de potência das unidades geradoras”, completa também a usina. Apesar disso, os operadores garantem que a usina segue entregando os volumes de energia contratados.
Usina de Itaipu (Imagem: Agência Brasil)
Cheia nas cataratas do Iguaçu
Imagens impressionantes que circularam nas redes sociais nesta quinta-feira (13) mostram as Cataratas do Iguaçu com um volume de água 10 vezes maior que o normal, causando o fechamento da principal passarela de acesso a parte mais visitada do lugar.
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A “Garganta do Diabo”, conjunto de quedas d’água mais popular do Parque Nacional do Iguaçu, teve seu acesso interrompido por causa da cheia. De acordo com um comunicado divulgado pela administradora do local, o parque permanece aberto, mas com a passarela interditada.
O volume considerado normal é de 1,5 milhão de litros por segundo e na última quarta-feira chegou a 14,5 milhões de litros. É a maior vazão das Cataratas do Iguaçu desde junho de 2014, quando foram registrados 47 milhões de litros por segundo.
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