China: como a polícia hackeia celulares apreendidos para extrair dados?

Um relatório divulgado pela Lookout, empresa que atua no setor de segurança eletrônica, aponta que autoridades da China estão usando um novo tipo de malware. O objetivo é extrair dados de telefones apreendidos por Pequim.

Segundo o documento, isso permitiria o acesso a mensagens de texto, inclusive de aplicativos. Além disso, seria possível obter imagens, históricos de localização, gravações de áudio, contatos e outras informações.

Ferramenta é chamada de Massistant e teria sido desenvolvida por gigante chinesa de tecnologia (Imagem: Fah Studio 27/Shutterstock)

Malware seria amplamente utilizado no país

De acordo com a Lookout, a ferramenta é chamada de Massistant e teria sido desenvolvida pela gigante chinesa de tecnologia Xiamen Meiya Pico. Para obter os dados dos aparelhos, ela necessita de um acesso físico aos dispositivos.

Ainda segundo o relatório, ela funcionaria apenas para dispositivos Android. No entanto, uma versão para IOS pode estar sendo projetada. Embora o documento admita que não se sabe ao certo quais agências chinesas estão usando a ferramenta, os pesquisadores responsáveis pelo trabalho destacam que o seu uso é amplamente difundido no país.

Ferramenta seria utilizada por diversas agências do governo da China (Imagem: Zafer Kurt/Shutterstock)

É uma grande preocupação. Acho que qualquer pessoa que esteja viajando pela região precisa estar ciente de que o dispositivo que eles trazem para o país pode muito bem ser confiscado e qualquer coisa que esteja nele pode ser coletada. Acho que é algo que todos deveriam estar cientes se estiverem viajando pela região.

Kristina Balaam, pesquisadora da Lookout

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Malware deixa rastros nos celulares (Imagem: Suttipun/Shutterstock)

Autoridades chinesas podem confiscar aparelhos sem justificativa

  • Segundo informações do portal TechCrunch, a polícia da China tem poderes legais para vasculhar telefones e computadores sem a necessidade de um mandado ou da existência de uma investigação.
  • Dessa forma, o simples confisco do aparelho já é suficiente para o acesso a todos os dados do usuário.
  • No entanto, os pesquisadores da Lookout explicam que o uso do Massistant pode ser rastreado, o que significa que os usuários podem identificar e excluir o malware.
  • Só que eles não explicaram como isso pode ser feito.
  • O governo da China e a Xiamen Meiya Pico, que foi sancionada pelo governo dos EUA em 2021 por seu papel no fornecimento de tecnologia para Pequim, não se pronunciaram sobre o assunto.

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