Pesquisadores da Universidade Agrícola de Shenyang, na China, desenvolveram uma técnica que converte resíduos plásticos em materiais de carbono de alto valor, como nanotubos, grafeno e carbono poroso – todos essenciais para baterias e supercapacitores de próxima geração.
A descoberta, publicada na revista Sustainable Carbon Materials, aponta um caminho promissor para reduzir a poluição e impulsionar uma economia circular do carbono.

Plástico como fonte de energia limpa
- Segundo o Dr. Gaixiu Yang, do Instituto de Conversão de Energia de Guangzhou, o objetivo é “transformar os resíduos plásticos de um fardo ambiental em um recurso sustentável”.
- Usando tecnologias avançadas de carbonização, a equipe conseguiu recuperar o carbono contido nos plásticos e reutilizá-lo para aplicações energéticas e ambientais.
- O destaque do estudo é o aquecimento por efeito Joule, técnica capaz de gerar grafeno de alta qualidade em milissegundos, consumindo menos de 0,1 quilowatt-hora por quilo de plástico – um salto de eficiência em comparação a métodos tradicionais como a pirólise catalítica.
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Economia circular e benefícios ambientais
Nos experimentos, o carbono derivado de resíduos plásticos demonstrou excelente capacidade de armazenamento de energia, aproximando-se dos limites teóricos das baterias de selênio, e manteve estabilidade após múltiplos ciclos de uso.
Além do setor energético, os materiais também podem capturar gases de efeito estufa e remover metais pesados e antibióticos de águas residuais.
“Transformar resíduos plásticos em materiais de carbono funcionais pode fechar o ciclo entre o controle da poluição e a energia renovável”, afirmou o professor Yan Chen, da Universidade Tecnológica do Sul da China.

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