Comer queijo pode fazer bem ao seu cérebro, sugere estudo

Um alimento comum na mesa de milhões de pessoas pode esconder um benefício inesperado para o cérebro.

Um novo estudo sugere que o consumo diário de queijo com alto teor de gordura está associado a um menor risco de desenvolver demência — um achado que desafia antigas recomendações nutricionais.

Achado reacende discussões sobre dieta, cérebro e envelhecimento saudável – Imagem: Zapp2Photo/Shutterstock

Queijo e risco reduzido de demência

  • A pesquisa acompanhou 27.670 adultos na Suécia por cerca de 25 anos e encontrou uma associação estatisticamente significativa entre o consumo de 50 gramas ou mais de queijo rico em gordura por dia e um risco menor de demência.
  • Entram nessa categoria queijos com mais de 20% de gordura, como brie, gouda, cheddar, parmesão, gruyère e mussarela.
  • Após ajustes para fatores como idade, sexo, escolaridade e padrão alimentar geral, os pesquisadores observaram que pessoas com alto consumo desses queijos apresentaram um risco 13% menor de demência por todas as causas, em comparação com aquelas que ingeriam menos de 15 gramas por dia.
  • Cerca de 10% dos grandes consumidores desenvolveram a condição, contra aproximadamente 13% entre os que consumiam menos.

“Por décadas, dietas com gordura foram vistas com desconfiança”, afirma Emily Sonestedt, epidemiologista nutricional da Universidade de Lund. Segundo ela, os resultados “desafiam suposições antigas sobre gordura e saúde cerebral”.

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Estudo sueco desafia antigas restrições à gordura ao apontar menor risco de demência – Imagem: Sunny Forest/Shutterstock

Limites do estudo e cautela nas conclusões

A demência afeta hoje cerca de 57 milhões de pessoas no mundo, número que pode chegar a 153 milhões até 2050.

Diante da escassez de tratamentos eficazes, estratégias de prevenção, como ajustes na dieta, têm ganhado destaque. Ainda assim, os autores alertam que o estudo é observacional e não prova causalidade.

Outros produtos lácteos — como leite, iogurte, kefir ou queijos com baixo teor de gordura — não mostraram associação semelhante. A manteiga, por sua vez, apresentou resultados inconsistentes.

Especialistas independentes também pedem cautela. Para Tara Spires-Jones, do Instituto de Pesquisa em Demência do Reino Unido, a principal limitação é que a dieta foi registrada apenas uma vez, décadas antes do diagnóstico.

“É muito provável que hábitos alimentares e de vida tenham mudado nesse período”, afirma. O estudo foi publicado na revista Neurology — e, por enquanto, não justifica exageros à mesa.

Pesquisa com quase 28 mil pessoas sugere benefício cognitivo de laticínios ricos em gordura (Imagem: Milton Buzon/Shutterstock)

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