Doenças do trato urinário, como desenvolver pedras nos rins, também conhecida como cálculo renal, são bastante comuns. As pedras são formadas por excesso de pequenos cristais de sais e minerais que se acumulam dentro do órgão gerando o cálculo renal.
Os rins são órgãos imprescindíveis, pois além de serem responsáveis pelo equilíbrio hídrico do corpo, eliminando excesso de água (em forma de urina, sais e eletrólitos) e também filtrando o sangue (removendo resíduos tóxicos presentes na circulação como ureia, creatinina e ácido úrico).
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Outro papel importante desse órgão é a produção de hormônios como eritropoetina, que atua na formação de glóbulos brancos, e também da vitamina D e da renina, hormônio responsável pelo controle da pressão arterial.
A formação das pedras nos rins pode levar semanas ou meses, a depender de cada organismo. A maioria dos cálculos renais se formam logo abaixo da superfície interna do órgão, e, conforme vão crescendo, devido ao peso, podem se desprender dentro dos rins.
Nesses casos, a pedra tanto pode continuar nos rins, como também pode se mover até descer pelo ureter – o canal que permite o escoamento da urina para a bexiga. Os cálculos renais menores podem passar pelo trato urinário sem que haja qualquer sintoma, mas as pedras maiores podem ficar presas no ureter gerando sintomas de alerta.
Nesses casos, segundo informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade Brasileira de Urologia, é muito comum sentir uma dor intensa na lombar que irradia para o abdômen, náuseas e vômitos e a presença de sangue na urina. Além disso, pode haver ainda suspensão e diminuição do fluxo urinário, graças à obstrução causada pelos cálculos renais, e também infecções urinárias.
Como evitar pedras nos rins?
É verdade que entre as causas está uma predisposição genética e a relação com doenças inflamatórias já existentes como a doença de Crohn, mas na maioria dos casos as pedras nos rins podem ser evitadas mudando hábitos de vida.
Os especialistas são unânimes em afirmar que uma das melhores formas de evitar pedras nos rins é aumentando o consumo diário de água. Pelo fato de os rins funcionarem como os filtros do corpo, quanto mais água ele tiver para limpar os resíduos que não são mais necessários, menos cristais vão se acumular dentro do órgão.
Os sucos naturais sem açúcar também são recomendados, sobretudo os cítricos, segundo artigo do médico e urologista Lucas Burttet. Frutas como o limão possuem o citrato, substância que, ao se juntar com o cálcio, é facilmente liberada pela urina, evitando que o cálcio fique livre dentro dos rins para formação de cálculos renais.
Apesar dos benefícios, é bastante claro que apenas a ingestão de sucos cítricos por si só não é suficiente para evitar as pedras nos rins. Outras medidas devem ser tomadas, como a diminuição do consumo de sal e alimentos ricos em proteína animal, adotar a prática regular de atividade física, e a perda de peso, em caso de pessoas que estejam com sobrepeso ou obesidade, também é um fator essencial para garantir a saúde dos rins.
Mas, caso as pedras nos rins já estejam formadas, existem vários tipos de tratamento disponíveis que vão depender da gravidade clínica de cada caso. Em casos menos graves, podem ser indicados medicamentos para dor e que também auxiliam na eliminação dos cálculos renais.
Já em situações em que essa medida não seja suficiente, pode ser feito o bombardeamento das pedras por meio de ondas de choque que fragmentam os cálculos maiores, facilitando a sua eliminação pelo trato urinário. E, em casos mais graves, pode haver a necessidade de cirurgia endoscópica ou ureteroscopia para retirar as pedras nos rins – não confundir com “uretroscopia”, que é o exame endoscópico da uretra.
Mais uma vez a prevenção se torna o melhor remédio, uma vez que a adoção de hábitos rotineiros como praticar atividades físicas, ingestão adequada de água e uma alimentação equilibrada podem evitar a presença de pedras nos rins. Mas caso você tenha se identificado com sintomas aqui relatados, é fundamental procurar um médico de sua confiança.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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