*Por Flávio Monduzzi
Com a chegada da pandemia de coronavírus, o mercado descobriu como o trabalho remoto funciona bem, trazendo várias vantagens para as companhias, como a redução de custos com espaços físicos, possibilidade de ter no time talentos de diversos cantos do Brasil e de outros países, fim de problemas em relação ao deslocamento por parte dos colaboradores, impactando positivamente na produtividade destes, entre outros. Na área de TI, o home office além de ser uma realidade, é uma tendência, e por isso, companhias precisam atuar de maneira que consigam aproveitar todos os benefícios que o modelo tem a oferecer e principalmente, contribuir para que equipes atuem de forma assertiva.
De acordo com pesquisa da GeekHunter, marketplace especializado na contratação de profissionais de tecnologia, realizada em agosto de 2021, mais de 78,27% dos profissionais que atuam na área de tecnologia da informação disseram preferir manter o trabalho remoto após a pandemia de COVID-19. O mesmo estudo mostra que 43,87% dos negócios seguiriam com o trabalho remoto, 17,83% com o híbrido, e apenas 11,84% com o presencial. Os outros 21,45% não tinham decidido qual formato adotar.
Imagem ilustrativa. Imagem: Shutterstock
Assim, levando em conta o cenário atual, fazer a gestão de um time de TI que não atua presencialmente exige cautela e atenção por parte dos líderes. Os primeiros pontos a serem levados em consideração são as reuniões em grupo, que contribuem para colaboradores trocarem experiências e se manterem alinhados e unidos, e os feedbacks individuais para que desejos, ideias, inseguranças e sentimentos em relação ao trabalho sejam compartilhados. As conversas são sempre a melhor forma de alinhar expectativas e objetivos, e conhecer colaboradores, permitindo que estes cresçam junto com o negócio na medida em que trabalham com propósito, enxergando significado nas atividades do dia a dia.
Mesmo quando todos estão 100% à distância ou de forma híbrida, é necessário que a conexão entre os membros do time se mantenha e que os profissionais se conheçam bem entre si. Também é importante destacar que mesmo aderindo o home office, as empresas devem criar atividades, experiências e rituais que possibilitem a integração das pessoas e aprimoramento de habilidades. Isso contribui com a preservação da cultura das companhias e o desenvolvimento dos profissionais.
Porém é necessário deixar claro que o trabalho na área de TI é muito dinâmico e exige total concentração, e por isso, ao mesmo tempo que líderes precisam acompanhar o trabalho dos especialistas, estes não podem criar microgerenciamentos. A distância física não pode ser um fator de desconfiança e pressão desnecessária. Dessa forma, ressalto que empatia e confiança no time são as palavras-chave neste cenário.
Por isso, é necessário que líderes atuem com equilíbrio para que não desmotivem a equipe e façam com que perca o foco. Muitas vezes há reuniões que podem ser facilmente substituídas por e-mails. Além desses pontos citados, é preciso contar com gestores organizados, otimização constate de processos, e tecnologia eficiente e segura para que especialistas em TI realizem facilmente as atividades de qualquer lugar.
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Assim, concluo que o trabalho remoto é o presente e o futuro da área de tecnologia, permitindo mais diversidade, produtividade e dinamismo. É por isso que companhias devem ter atenção aos processos de gestão, levando em consideração principalmente o equilíbrio, para que profissionais estejam satisfeitos e engajados, refletindo em maior produtividade.
*Flávio Monduzzi é COO da SGA TI em Nuvem, empresa que cria soluções para desafios que afetam empresas de diversos segmentos e portes, por meio de novas tecnologias que envolvem aplicações em nuvem, modernização de dados e cibersegurança.
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