Torcedores e clubes de futebol terão menos motivos para reclamar da arbitragem a partir do ano que vem. Segundo informa o UOL, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já teria comunicado aos times que passará a usar o chamado impedimento semiautomático nas séries A e B do Brasileirão em 2026. Os primeiros testes, porém, já devem começar neste ano.
O impedimento semiautomático funciona como uma espécie de complemento ao VAR. Só que, em vez de pessoas traçarem a linha, é a própria máquina que faz isso em questão de segundos.
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O sistema apareceu pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar, em 2022. De lá para cá, passou a ser utilizado em algumas competições europeias, como a Champions League, a Copa do Rei, na Espanha, e a Premier League, a primeira divisão do futebol inglês. A tecnologia também fez bastante sucesso recentemente, durante a Copa do Mundo de Clubes da Fifa.
No Brasil, a única experiência ocorreu na final do Campeonato Paulista de 2025, entre Corinthians e Palmeiras. O atual presidente da CBF, Samir Xaud, seria um entusiasta da ideia, que só não foi implementada ainda por uma questão de custos.
Como funciona o impedimento semiautomático?
- Como dissemos acima, a tecnologia permite que a própria máquina trace as linhas de impedimento, tirando os eventuais erros humanos da equação.
- Mas como o computador faz isso? Recriando o lance em um gráfico 3D (como mostra a imagem).

- Esse desenho fica disponível em segundos para a equipe de arbitragem, que dá a palavra final.
- A tecnologia combina Inteligência Artificial com imagens geradas em tempo real para detectar o ponto exato de contato com a bola e o posicionamento dos atletas.
- Por se tratar de um método mais sofisticado, são necessárias 12 câmeras e sensores de alta precisão, diferentes daquelas do VAR tradicional.
- O objetivo da mudança é oferecer mais agilidade e precisão na marcação de impedimentos, diminuindo a margem de erro.
- Quando o VAR estreou no Brasil, a expectativa era pela redução das polêmicas envolvendo a arbitragem.
- O que aconteceu, no entanto, foi o contrário, com novas e ainda mais frequentes discussões sobre o tema.
- A esperança da CBF é que o semiautomático ajude a resolver esse problema.
O que diz a CBF?
Em nota, a entidade máxima do futebol brasileiro não confirma a informação do UOL e diz apenas que “a implantação de novas tecnologias para a arbitragem, como o impedimento semiautomático, ainda está em fase de estudos”.
Uma das dificuldades seria o preço. Hoje, o VAR atual custa cerca de R$ 20 mil por partida. A previsão é que, com o semiautomático, o pacote passe a custar algo em torno de R$ 100 mil. Além disso, nem todos os estádios contam com a estrutura para receber a inovação.

Mesmo com esses obstáculos, a CBF vem conduzindo estudos sobre o assunto há alguns meses e tudo indica que o desfecho será mesmo pela aprovação.
As informações são do UOL.
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