Como garantir sua legitimidade no mundo digital?

Discussões sobre privacidade, anonimato e proteção de dados estão há alguns anos ocorrendo de forma frequente neste novo modelo de sociedade, onde alguns estão se acostumando a viver e outros vivem com muita facilidade e naturalidade.

É muito pertinente a discussão sobre o quanto conseguimos ser anônimos em uma era com esse nível de globalização e rastreamento de dados, haja visto que os dados utilizados de maneira certa (ou errada), podem nos manipular de formas quase imperceptíveis, criando os mais diversos problemas, sociais, políticos e econômicos.

Leia mais:

Twitter pede que funcionários não postem nada sobre negócio com Elon MuskTwitter quer processar Elon Musk por desistir de acordo de compraElon Musk desiste da compra do Twitter; entenda o motivo

Estamos tão focados em discutir o quanto podemos garantir o controle de nossos dados e a captação de informação de forma anônima, que muitas vezes esquecemos de pensar no outro lado da moeda. Como posso garantir de forma pública na era digital que eu mesmo sou o responsável por determinado acordo ou ação?

Da mesma forma que se preocupar com o quanto seus dados podem ser utilizados de maneira indevida, se preocupar com o quão legítimo é a forma que conseguimos nos apresentar ou acordar algo na vida digital é extremamente importante.

Cada vez mais por questões burocráticas, facilidades e otimização de processos, a vida se torna digital e cada vez mais precisamos conseguir garantir que somos quem somos para celebrar acordos e contratos. Um exemplo disso é o que ocorreu na pandemia, onde aluguéis, contratos de trabalho, serviços e muitos outros tiveram de ser acordados e celebrados de maneira totalmente digital.

Inclusive o maior Tribunal de Justiça do mundo (em volume de processos), o de São Paulo, devido a pandemia, está funcionando de forma praticamente remota.
Visto essa nova realidade, uma pergunta que precisa ser feita: Como posso garantir a legitimidade dos acordos que faço nessa nova era digital?

Uma resposta rápida é o processo de assinatura eletrônica, que é possível e regularizada no Brasil. Mas tudo ainda fica muito subjetivo, quando o digital às vezes parece não ser tão “tátil”, como a realidade de ir no tabelião, assinar um documento e alguém fisicamente reconhecer seu documento. Como confiar em um processo tão abstrato?

A assinatura eletrônica foi regularizada com um medida provisória em 2001, instituiu o certificado ICP-Brasil como padronização para validade jurídica de documentos digitais, mas a norma deixa claro que este não é o único meio de comprovação de autoria e integridade das assinaturas eletrônicas.

Ou seja, além do famoso certificado digital, é possível se usar de outras formas para garantir a validade e integridade de um documento assinado de forma eletrônica, onde, escolher a forma correta de assinar seu documento, com todas essas outras formas que são chamadas de “pontos de autenticação”, fazem toda a diferença.

Os pontos de autenticação são métodos que podemos utilizar para garantir a legitimidade, integridade e validade de documentos eletronicamente assinados, então escolher um ponto de autenticação certo para a necessidade do seu documento, faz toda a diferença.

Existem os mais diversos tipos de pontos de autenticação, dos mais clássicos, que são chaves de validação em seu e-mail pessoal ou smartphone, e os métodos mais completos, como reconhecimento facial, reconhecimento de documentos, vide-selfie como prova de vida e em alguns casos até validação facial em bases governamentais.
Escolher o ponto de autenticação e a ferramenta certa para assinar um documento, contrato ou acordo é essencial, para garantir a segurança e a devida celebração de qualquer documento que tenha seguido por um processo digital de assinatura e escolher seu ponto de autenticação certo, para a maior segurança possível.

Quem sabe no futuro conseguimos assinar contratos talvez com nossa cadeia de DNA que é única e individual, com algum dispositivo futurista e isso garanta quase que 100% da segurança de todos os contratos celebrados num futuro distópico. Enquanto não chegamos a isso, escolher bem os pontos de autenticação de seu documento e garantir que eles trarão segurança é essencial para se adaptar às rápidas mudanças que o mundo vem nos impondo.

*Bruno Kawakami é CTO da D4Sign

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

O post Como garantir sua legitimidade no mundo digital? apareceu primeiro em Olhar Digital.

Related posts

Câmara dos EUA exige explicações da Anthropic após ciberataque com IA

Quem tem direito ao 13º salário? Saiba mais sobre o pagamento

Cientistas mapeiam onde começam as alterações cerebrais na esquizofrenia