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Como o live-action de Como Treinar o Seu Dragão explica a diversidade do filme? Entenda

by Fesouza
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O live-action de Como Treinar o Seu Dragão, dirigido por Dean DeBlois, surpreende ao ir além de uma simples recriação visual da amada animação de 2010. Ao mesmo tempo em que respeita o coração da história original — a relação transformadora entre Hiccup e Banguela — o novo filme realiza uma mudança significativa e bem-vinda ao expandir a diversidade étnica do universo de Berk. 

E o melhor: essa mudança é justificada com naturalidade dentro da narrativa, sem soar forçada ou desconectada da trama. Entenda melhor!

Como Treinar o Seu Dragão: live-action varia mais seus personagens

Na nova versão, Berk continua sendo uma ilha de guerreiros vikings, mas agora é representada como um verdadeiro caldeirão cultural. Ao invés de retratar seus habitantes como uma comunidade homogênea, o filme mostra um povo formado por diferentes etnias e origens geográficas, algo que se encaixa perfeitamente na proposta de um mundo onde os dragões são uma ameaça global. 

A justificativa para isso surge com maestria em uma cena-chave, na qual Stoick, pai de Hiccup, explica que Berk foi construída a partir da união dos guerreiros mais fortes vindos de diversas partes do mundo. Essa decisão não apenas enriquece o enredo, mas também fortalece o pano de fundo histórico e lendário que sustenta o universo da franquia.

Dentro desse contexto, personagens oriundos de regiões como o Leste Asiático, o norte da África e territórios ao longo da Rota da Seda são apresentados como descendentes de tribos guerreiras que migraram para Berk. Alguns foram deslocados de suas terras por ataques de dragões, enquanto outros buscaram reconhecimento e prestígio ao se tornarem caçadores de dragões em uma ilha já famosa por sua tradição nesse campo. 

Como o live-action de Como Treinar o Seu Dragão explica a diversidade do filme? Entenda

Isso transforma Berk não só em um reduto de força e resistência, mas também em um refúgio e símbolo de acolhimento. O multiculturalismo da nova Berk é, portanto, uma consequência lógica dentro da expansão do universo da história, e não uma imposição externa.

Além disso, o filme aproveita essa mudança para aprofundar os arcos de seus personagens. Um bom exemplo é Astrid, interpretada por Nico Parker, cuja história sugere que sua linhagem vem de fora de Berk, trazendo uma nova camada de motivação para sua ambição de se tornar a maior guerreira da ilha. 

Ao dar voz e contexto a personagens de diferentes origens, o filme constrói um mundo mais rico, vibrante e representativo, sem perder sua essência.

Outro mérito do live-action é ancorar essa diversidade em elementos históricos reais. Embora situado em um universo de fantasia, o filme se apoia no fato de que os vikings históricos não formavam um povo racialmente homogêneo. Pelo contrário, os vikings interagiam e assimilavam culturas de diversas partes do mundo com as quais tinham contato. 

Assim, a ideia de uma Berk formada por tribos de diferentes regiões que adotam o estilo de vida viking não só é plausível dentro da narrativa, como também dialoga com registros históricos.

Essa abordagem também reforça o impacto global da ameaça dos dragões. Ao mostrar que o perigo não está restrito apenas à ilha de Berk, mas se espalha por diferentes continentes, o filme legitima ainda mais a presença de povos diversos unidos por um inimigo comum. 

A união dessas culturas em torno da sobrevivência e da bravura contribui para um retrato mais complexo e realista da sociedade fictícia.

A escolha de tornar Berk uma comunidade plural não apenas atualiza a história para novos tempos, mas também reforça temas fundamentais da franquia — como empatia, união e superação das diferenças — sob uma nova e necessária perspectiva.

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