Os smartwatches evoluíram de simples acessórios para ver as horas e se tornaram ferramentas de monitoramento pessoal. Além de contar passos e registrar batimentos cardíacos, eles também estimam a quantidade de oxigênio presente no sangue.
Essa função, antes restrita a equipamentos médicos, hoje está disponível diretamente no pulso. Mas como um relógio consegue medir algo tão complexo sem agulhas ou procedimentos invasivos? Continue lendo e descubra.
Como funciona a medição de oxigênio no sangue

A medição de oxigênio no sangue, conhecida como saturação de oxigênio (SpO₂), aparece em muitos smartwatches modernos. Essa tecnologia se inspira nos oxímetros de pulso usados em hospitais. O processo utiliza fotopletismografia (PPG), uma técnica óptica que usa feixes de luz para analisar o fluxo sanguíneo sob a pele.
A interação da luz com o sangue

O sensor do smartwatch emite luzes vermelha e infravermelha sobre a pele. Essas luzes atravessam os tecidos e sofrem absorção diferente quando entram em contato com a hemoglobina oxigenada e a hemoglobina sem oxigênio.
O relógio mede a quantidade de luz refletida ou absorvida e calcula a proporção entre as duas cores de luz. Com essa diferença, o software estima a saturação de oxigênio no sangue, que representa a porcentagem de glóbulos vermelhos carregando oxigênio.
A fotopletismografia

A fotopletismografia é a base dessa tecnologia e funciona de um jeito simples: o sangue reflete e absorve luz de maneiras diferentes dependendo da quantidade de oxigênio que carrega.
O smartwatch usa um sensor óptico com dois LEDs, um vermelho e um infravermelho. Esses LEDs iluminam a pele, e um fotodetector mede quanta luz o corpo absorve ou reflete. Conforme o sangue pulsa e muda de volume, o sensor capta essa variação.
Com essas informações, o sistema calcula quanto da hemoglobina está carregando oxigênio. Em adultos saudáveis, a saturação costuma ficar acima de 95%. Quando o valor cai, isso pode indicar alguma dificuldade respiratória, cardiovascular ou circulatória.
Leia mais:
- 5 tecnologias para ajudar mães a cuidarem da saúde física e mental
- Veja 5 formas de usar o smartwatch no seu dia a dia
- Smartwatches com sensores avançados para monitorar a sua saúde
Diferenças entre o oxímetro e o smartwatch

Embora ambos utilizem o mesmo princípio óptico, há diferenças importantes entre um oxímetro médico tradicional e um smartwatch.
O oxímetro de pulso, usado em hospitais e clínicas, é colocado normalmente no dedo e mede a luz que atravessa o tecido. Já o smartwatch mede a luz que reflete de volta, o que pode gerar pequenas variações nos resultados.
Por esse motivo, a medição feita por relógios inteligentes é considerada uma estimativa, e não um diagnóstico médico. Ainda assim, ela é útil para acompanhar tendências e perceber alterações na oxigenação ao longo do tempo, especialmente durante exercícios, sono ou em grandes altitudes.
Limitações e cuidados

Mesmo que os dois aparelhos utilizem o mesmo princípio óptico, eles apresentam diferenças importantes. O oxímetro de pulso usado em hospitais fica no dedo e mede a luz que o atravessa. O smartwatch, por outro lado, mede a luz refletida pela pele.
Essa diferença pode gerar pequenas variações nos resultados. Por isso, o relógio fornece uma estimativa e não um diagnóstico médico. Ainda assim, ele ajuda a acompanhar tendências e identificar mudanças na oxigenação ao longo do tempo, especialmente durante exercícios, sono ou em grandes altitudes.
O post Como o smartwatch mede o oxigênio no sangue? apareceu primeiro em Olhar Digital.
