Como proteger sua família de golpes com vozes clonadas por inteligência artificial

A popularização e o fácil acesso às ferramentas de inteligência artificial estão tornando simples a criação de dublês de vozes. Essas vozes falsas podem imitar a fala de pessoas próximas, como familiares e amigos, além de figuras públicas. Neste artigo, vamos discutir o quão vulneráveis estamos e como se proteger. As informações são do The Washington Post

Nos Estados Unidos, o ex-agente da lei e oficial de inteligência Dan Woods criou uma forma simples de ter certeza de que são realmente as filhas que se comunicam com ele. Eles criaram uma palavra-código para ser usada quando elas precisarem de ajuda. Assim, o pai pode saber que são de fato elas — e não um impostor fingindo um sequestro ou outra emergência para extorquir dinheiro. 

Será que esse protocolo deve ser seguido por todos? Veja algumas dicas de como se proteger.

Use uma palavra-código com sua família para confirmar identidades em emergências
(Imagem: fadfebrian/Shutterstock)

Como se proteger? 

Os golpes em que criminosos usam dublês de voz para se passar por familiares são “tecnicamente simples”, geralmente são ligações ou mensagens. O medo é o que torna o golpe eficaz, não a tecnologia em si. Por isso, essas dicas podem ajudar: 

  • Crie uma frase, pergunta ou padrão que só seus entes queridos saberiam. Algo que um criminoso com IA não conseguiria adivinhar. 
  • Se alguém entrar em contato dizendo que um ente querido está em perigo, peça a palavra-código para confirmar se é realmente ele. 
  • Sempre desconfie. O ceticismo pode ser a melhor defesa contra os golpes. 
  • Tente entrar em contato diretamente com a pessoa ou com outro familiar. 
  • Nunca envie dinheiro após uma ligação ameaçadora. 
  • Não confie no identificador de chamadas. Criminosos podem falsificar números para parecer que a ligação vem de um parente ou da polícia. 

Essas últimas dicas também são úteis caso seu ente querido esqueça a palavra-código em uma emergência real. Em entrevista para o The Washington Post, a presidente do Centro de Recursos contra Roubo de Identidade (Identity Theft Resource Center) afirmou:

A coisa mais importante é não reagir de forma exagerada. Lembrar da frase ‘vá direto à fonte’ é uma forma simples de garantir que você verifique qualquer informação antes de agir.

Eva Velasquez, presidente do ITRC

Criminosos já usam inteligência artificial para imitar vozes e aplicar golpes por telefone.
(Imagem: MMD Creative/Shutterstock)

Leia mais:

Essa responsabilidade deveria ser só sua? 

Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio identificou que golpes de impostores foram o tipo de fraude mais relatado no país no ano passado. A maioria envolve alguém se passando por uma empresa ou órgão oficial, como a Previdência Social ou uma companhia de energia, para exigir dinheiro ou dados pessoais. 

Regulamentações que limitem o uso dessa tecnologia podem evitar seu uso indevido
(Imagem: tete_escape/Shutterstock)

Aqui no Brasil, esses tipos de golpes também são comuns, o que gera um debate sobre a responsabilidade. Para que a responsabilidade não recaia apenas sobre os ombros da população, é necessário pensar em regulamentações mais rígidas que garantam a segurança das pessoas. 

Um guia de políticas do Consumer Reports sugere que a ferramenta de clonagem de voz não deveria estar disponível ao público. 

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