Conheça o elefante mais raro do mundo

Existem algumas espécies e subespécies de elefantes espalhadas pelo mundo. As principais são os africanos da savana (Loxodonta africana), os africanos da floresta (Loxodonta cyclotis) e os elefantes-asiáticos (Elephas maximus). Tem ainda o Motty.

Motty nasceu no dia 11 de julho de 1978, no Zoológico de Chester, no Reino Unido. Ele teve complicações de saúde e morreu cedo. Viveu por apenas 10 dias, mas, mesmo assim, deixou seu nome escrito na história.

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Motty detém até hoje o título de elefante mais raro do mundo. E é um título oficial!, concedido pelo Guinness World Records.

Mas o que esse filhote tinha de tão diferente? Essa é a história que o Olhar Digital conta para você agora. E já te adianto que tem a ver com a chamada hibridização de espécies.

O elefante-da-floresta-africano é nativo das florestas tropicais úmidas da África Ocidental e da Bacia do Congo – Imagem: Divulgação/U.S. Fish and Wildlife Service Headquarters

Filho de pais bem diferentes

  • Motty foi resultado do cruzamento entre Jumbolino, um elefante africano macho, e Sheba, uma elefante asiática fêmea.
  • E não havia dúvidas sobre a paternidade, uma vez que Jumbolino era o único macho dentro do local à época.
  • Híbridos de elefantes não são comuns na natureza, até por uma questão de distância.
  • As duas espécies ficam em continentes distintos e, além disso, não são do mesmo gênero, por assim dizer: o Loxodonta e o Elephas.
  • O cruzamento dos dois, no entanto, deu certo, e Motty carregava características do pai e da mãe.
  • O formato da cabeça e as orelhas maiores eram claramente de um elefante africano.
  • Por outro lado, ele também tinha cinco unhas nas patas dianteiras e quatro nas traseiras, o que é uma característica dos elefantes asiáticos.
  • Infelizmente, Motty viveu apenas 10 dias, vítima de graves problemas de saúde.
  • Para começar, ele nasceu prematuro, 6 semanas antes do tempo normal e estava extremamente abaixo do peso.
  • Ele não resistiu a uma enterocolite necrosante, uma doença gastrointestinal grave em animais recém-nascidos.
  • Uma necropsia posterior revelou que ele também sofria de uma infecção grave por E. coli no cólon e no cordão umbilical.
  • Não dá para saber se essas complicações têm relação com o fato dele ser híbrido, até porque não existiram outros Mottys depois do primeiro.
  • Suas características únicas, no entanto, o colocam até hoje num papel de destaque dentro do mundo animal.
O burro (macho) ou a mula (fêmea) são os híbridos mais famosos do mundo animal – Imagem: Rachele Totaro IT/Shutterstock

Outros híbridos de animais

A hibridização ocorre por vezes na natureza, mas não dá para chamar de comum. Na maior parte dos casos, os híbridos são criados pelo ser humano – e existem fins comerciais por trás disso.

O híbrido mais famoso do mundo é o burro (ou a mula). A espécie nasceu do cruzamento de um jumento com uma égua. O filhote consegue herdar o físico e a força da mãe, além da resistência do pai. O resultado é um animal ideal para transporte de carga ou para percorrer caminhos mais tortuosos.

Outro híbrido comercial é o Beefalo, uma mistura de vaca com o bisão americano. Como o próprio nome diz, eles foram criados para servir de “beef”, ou carne, mas a experiência deu errado.

Outro caso emblemático é o do javaporco, um híbrido entre javali e porco doméstico. Nasceu para melhorar a qualidade da carne suína, mas os criadores perderam o controle e, hoje, é considerado uma espécie invasora em algumas regiões, incluindo o Brasil.

Na natureza, os híbridos mais comuns atualmente vivem na região do Ártico. O urso grolar, ou pizzly bear, é um híbrido entre um urso pardo e um urso polar. Já a narluga é a mistura de uma fêmea de narval com um macho de beluga. De acordo com cientistas, essas espécies têm compartilhado o habitat e, por isso, estão se relacionando mais.

A pelagem do urso grolar mistura as cores das espécies dos pais – Imagem: Wirestock Creators/Shutterstock

Vale dizer que esse compartilhamento ocorre por causa das mudanças climáticas. No caso dos ursos, por exemplo, o aquecimento das temperaturas e o derretimento do gelo marinho removeram barreiras substanciais. Os polares estão indo mais ao sul à procura de alimentos. Já os pardos se deslocam para o norte, que agora está um pouco menos frio.

As informações são do IFLScience.

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