COP31: quem vai sediar? Acordo pode ter definido; saiba mais

Um acordo costurado durante conversas nesta quinta-feira (19) na COP30 pode ter definido uma disputa sobre qual país sediará a COP31 em 2026.

Na briga, estão Austrália e Turquia, mas o acordo praticamente sacramentou que os turcos sediarão o evento, enquanto os australianos deverão ser responsáveis por liderar negociações entre os governos para a COP31, segundo três fontes internas da Bloomberg.

Turcos teriam ganho a disputa (Imagem: em_concepts/Shutterstock)

Leia mais:

Negociações para sediar a COP31

  • Os dois países apresentaram, em 2022, candidaturas para sediar a COP31;
  • Na disputa, caracterizada por ser longeva, nenhum dos candidatos estava disposto a ceder;
  • As fontes da Bloomberg disseram ainda que o suposto acordo daria, à Turquia, a presidência da cúpula;
  • Ainda, está previsto um evento pré-COP no Pacífico. Contudo, as negociações seguem em curso, não havendo ainda uma definição oficial.
Austrália ficaria com a missão de liderar negociações entre nações para a COP31 (Imagem: Mehaniq/Shutterstock)

O que disseram as fontes dos países postulantes a sediar a COP31?

O portal procurou um porta-voz da delegação australiana que está na COP30, mas ele se recusou a comentar, bem como os governos de Austrália e Turquia.

Disputa para sediar evento está acirrada (Imagem: Olhar Digital [gerada com IA]/Shutterstock)

COP30: como o oceano pode ajudar a reduzir emissões em 35% até 2050?

Soluções climáticas focadas nos oceanos podem ajudar a reduzir em até 35% as emissões globais até 2050. A estimativa está no chamado “Pacote Azul” (blue package, em inglês) apresentado nesta terça-feira (18) pela enviada especial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) para Oceanos, Marinez Scherer, em Belém.

O roteiro alinha e impulsiona as “Iniciativas de Avanço Oceânico” em cinco setores de alto impacto. “Esses não são objetivos abstratos. São ações práticas, baseadas na ciência, que podem ser implementadas agora se agirmos juntos e com urgência”, defendeu a doutora em Ciências Marinhas e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O que prevê o plano?

  • Conservação marinha: investimentos de US$ 72 bilhões (R$ 383 bilhões) para garantir a integridade dos ecossistemas oceânicos, protegendo, restaurando e conservando pelo menos 30% do oceano até 2030;
  • Alimentos aquáticos: fornecimento de pelo menos US$ 4 bilhões (R$ 21 bilhões) anualmente para apoiar sistemas alimentares aquáticos resilientes que contribuam para ecossistemas saudáveis ​​e regenerativos e sustentem a segurança alimentar e nutricional de três bilhões de pessoas;
  • Energia renovável oceânica: instalar pelo menos 380 GW de capacidade offshore, estabelecendo metas e medidas facilitadoras para resultados líquidos positivos em termos de biodiversidade, e defender a mobilização de R$ 10 bilhões (R$ 53 bilhões) em financiamento concessional para economias em desenvolvimento, a fim de atingir esse objetivo;
  • Transporte marítimo: combustíveis com emissão zero devem representar pelo menos 5% do total, com o objetivo de atingir 10% do combustível para transporte marítimo internacional e 15% para transporte marítimo doméstico até 2030. 450.000 marítimos precisam de requalificação e treinamento até 2030; 30% do comércio marítimo deve passar por portos adaptados às mudanças climáticas até 2030. Reduzir o impacto do transporte marítimo internacional na biodiversidade marinha em 30% até 2030;
  • Turismo costeiro: investimento de US$ 30 bilhões (R$ 159 bilhões) anualmente para apoiar a redução pela metade das emissões do turismo costeiro; e investimentos adicionais para fortalecer a resiliência das comunidades locais, bem como para recuperar e proteger os ecossistemas, visando a gestão sustentável do turismo em destinos insulares e costeiros mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas.

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