Desde a última quarta-feira (17), sindicatos de trabalhadores dos Correios em nove estados iniciaram uma greve por tempo indeterminado. A paralisação ocorre em meio a protestos contra medidas adotadas pela estatal, à ausência de um acordo coletivo e à reivindicação de reajuste salarial para a categoria.
Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios em todo o país, 24 não aderiram ao movimento. A paralisação envolve sindicatos dos estados do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Segundo o SINTECT-RJ, sindicato que representa os trabalhadores dos Correios no Rio de Janeiro, a mobilização é fruto de um processo marcado por frustração e impasses nas negociações. “Diante do desrespeito aos direitos e da ausência de avanços, a categoria escolheu a luta como instrumento legítimo para defender a valorização profissional, condições dignas de trabalho e o futuro dos Correios”, afirmou a entidade em publicação.

Qual o motivo da greve dos Correios?
Nesta paralisação, os sindicatos dos Correios reivindicam uma série de pontos relacionados a salários e benefícios. Entre as principais demandas estão:
- Reajuste salarial com reposição integral da inflação;
- Manutenção de direitos históricos previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT);
- Adicional de 70% nas férias;
- Pagamento de 200% para trabalho aos finais de semana;
- Pagamento de um “vale-peru” no valor de R$ 2,5 mil.
Em nota, os Correios afirmaram que a adesão à greve é parcial e localizada. “Todas as agências estão funcionando e as entregas seguem sendo realizadas em todo o território nacional. Nessa quarta-feira (17), cerca de 91% do efetivo da empresa esteve em atividade”, informou a estatal.
A empresa destacou ainda que, dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores, 24 não aderiram ao movimento. Segundo o comunicado, medidas contingenciais foram adotadas para garantir a continuidade dos serviços essenciais à população.
De acordo com os Correios, todas as agências seguem funcionando normalmente e as entregas continuam sendo realizadas em todo o país nesta quinta-feira (18). A estatal reforçou que 91% do efetivo operou normalmente na quarta-feira (17).
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