Correr uma maratona transforma o corpo humano; entenda

A cada passo dado no asfalto, o corpo de quem corre uma maratona é colocado à prova: ossos sofrem microfraturas e fibras musculares são danificadas.

No entanto, é durante o descanso — seja dormindo, comendo ou simplesmente parado — que o organismo se regenera, tornando-se mais forte e preparado para o próximo desafio.

Ao correr grandes distâncias, o corpo responde ao esforço extremo e a recuperação é tão importante quanto o treino (Imagem: Pavel1964/Shutterstock)

Para o médico esportivo Shane Davis, professor assistente na Escola de Medicina da Universidade Tufts, essa é a essência da adaptação do corpo de um maratonista, aponta o MedicalXpress.

Segundo ele, o corpo de quem corre longas distâncias passa por transformações profundas. Com o treinamento adequado, o sistema cardiovascular se torna mais eficiente, a capacidade pulmonar aumenta, o sistema imunológico se fortalece e até a sensibilidade à insulina melhora.

A saúde renal também é beneficiada. Em suma, o corpo se molda às exigências do esportedesde que as lesões não interrompam o progresso.

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Equilíbrio entre treino e recuperação

O maior desafio para o corredor é chegar ao dia da maratona sem dores ou lesões. Isso exige equilíbrio entre intensidade, recuperação e preparo físico. O excesso de esforço sem o tempo adequado de regeneração pode levar a lesões por uso excessivo — como tendinopatias nos joelhos, tornozelos e pés — ou até fraturas por estresse.

Segundo Davis, o problema raramente é a forma de correr, mas, sim, o aumento rápido demais na intensidade ou volume dos treinos.

Como a corrida é altamente repetitiva, ele recomenda diversificar os exercícios com atividades, como musculação ou natação. Isso reduz a sobrecarga nas mesmas regiões do corpo e ajuda a prevenir lesões.

Além disso, alongamentos frequentes são essenciais para manter a flexibilidade, especialmente dos músculos isquiotibiais, que tendem a ficar tensos em corredores.

Riscos na hora de correr a maratona

  • Embora correr traga benefícios duradouros para a saúde, a maratona em si é um teste extremo para o corpo;
  • Os riscos incluem exaustão, desidratação, problemas cardíacos e alterações renais, especialmente em corredores com doenças pré-existentes ou preparo inadequado;
  • Davis, que já atuou em diversas competições, como a Maratona de Boston e o Ironman, destaca que os problemas mais comuns nas tendas médicas no fim das provas variam conforme o clima: desidratação e superaquecimento em dias quentes, hipotermia em dias frios e chuvosos;
  • Também são comuns náuseas, vômitos, cãibras e confusão mental por desequilíbrios eletrolíticos.

Para o médico, a preparação adequada não é só uma questão de desempenho, mas de segurança. “Treinar bem significa correr com mais confiança e menos riscos“, afirma.

Ele também destaca o papel da equipe médica e dos voluntários na linha de chegada. “É incrível ver como a maratona mobiliza profissionais de saúde de diferentes áreas. A corrida une as pessoas de uma maneira única.”

Com o devido controle para evitar lesões, a corrida em longas distâncias traz uma série de benefícios ao corpo (Imagem: JaySi/Shutterstock)

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