Grandes empresas de tecnologia como Microsoft e Amazon estão transformando antigas usinas termelétricas europeias — de carvão e gás — em data centers, aproveitando sua infraestrutura elétrica e hídrica já instalada. As informações são da Reuters.
Essa estratégia atende à crescente demanda energética impulsionada pela inteligência artificial e reduz o tempo necessário para obter licenças e conexão à rede elétrica.

Acordos firmados
- Concessionárias como Engie, RWE e Enel estão aproveitando a tendência para firmar contratos de fornecimento de energia de longo prazo com empresas de tecnologia, compensando os custos de fechamento das usinas e financiando projetos renováveis.
- Além de renda estável, os contratos incluem prêmios de até €20 por MWh para energia de baixo carbono, o que pode gerar receitas de centenas de milhões de euros.
- A maioria das usinas de carvão da UE e do Reino Unido deve ser desativada até 2038, o que abre caminho para o reaproveitamento desses locais.
- A Engie, por exemplo, já mapeou 40 usinas globalmente para esse tipo de conversão. A EDF, a EDP e a italiana Enel também estão promovendo iniciativas semelhantes.
Leia mais:
- Startup usa bombeamento de água para criar bateria na terra
- Data center flutuante: projeto usa água do mar para resfriamento
- “Boom” de data centers acende disputa: quem paga a conta de energia nos EUA?

Solução veloz
A velocidade de acesso à infraestrutura existente é o principal atrativo para empresas de tecnologia, já que atrasos de até uma década para conectar novos centros à rede elétrica são comuns na Europa.
A conversão de antigas usinas representa uma solução estratégica que acelera a transição energética e abre novas fontes de receita para o setor elétrico.

O post Corrida da IA transforma antigas usinas em centros de dados na Europa apareceu primeiro em Olhar Digital.