Já pensou em uma Fórmula 1 sem pilotos dentro e fora dos carros? Essa é a liga de corrida autônoma de Abu Dhabi, que está acelerando o desenvolvimento de carros que dirigem sozinhos com Inteligência Artificial, e já coloca máquinas para competir diretamente contra pilotos profissionais.
Os veículos usam sensores, GPS e câmeras que constroem um mapa 3D detalhado da pista, permitindo que cada volta gere centenas de gigabytes de dados. Esse material alimenta o piloto digital, que aprende a cada giro e reduz progressivamente sua distância para o desempenho humano.
O objetivo da liga é testar tecnologias avançadas que, no futuro, devem chegar aos carros de rua. Diferente das categorias tradicionais, o foco não está nos carros, mas nas inteligências artificiais que comandam cada equipe. A competição funciona como um laboratório em alta velocidade, medindo o quanto esses sistemas conseguem compreender, prever e reagir ao ambiente.
Agora em novembro, a disputa ganhou um capítulo simbólico. O ex-piloto de Fórmula 1 Daniil Kvyat enfrentou um carro autônomo da equipe Hailey, da Universidade Técnica de Munique. Mesmo com toda a experiência e reflexos de anos nas pistas, Kvyat cruzou a linha de chegada apenas 1,58 segundo à frente da máquina.
O contraste chama atenção porque, em 2024, a diferença entre humano e IA era de cerca de dez segundos por volta. A redução abrupta mostra como a evolução dessas tecnologias está acelerada e reforça a ideia de que a fronteira entre habilidade humana e desempenho algorítmico está encolhendo rápido.