As autoridades brasileiras estão de olho nos sites de aposta. Enquanto o governo federal tenta regulamentar o setor, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investiga a atuação das chamadas bets.
Nesta semana, os integrantes da CPI aprovaram a convocação da influenciadora Virgínia Fonseca e do ex-BBB Felipe Prior. Eles se juntam a outros nomes famosos também já convocados, caso dos cantores Gusttavo Lima, Wesley Safadão e Jojo Todynho, dos influenciadores Deolane Bezerra, GKay e Felipe Neto e do humorista Tirulipa.
Convocados são obrigados a comparecer à CPI
Virgínia Fonseca e Felipe Prior foram convocados como testemunhas, condição em que têm a obrigação de dizer a verdade. Eles são obrigados a comparecer à comissão e a data dos depoimentos ainda será marcada.
Segundo a relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MT), a convocação da influenciadora se justifica pela “expressiva popularidade e relevância no mercado digital” e pelo envolvimento em campanhas de marketing para casas de apostas.
De acordo com a senadora, nos últimos anos, a influenciadora esteve envolvida em campanhas de marketing para casas de apostas, utilizando sua ampla base de mais de 90 milhões de seguidores nas redes sociais para divulgar essas atividades.
Já para o senador Izalci Lucas (PL-DF), autor do requerimento do ex-BBB, a convocação de Prior se dá por conta de reportagens que revelaram cláusulas do contrato dele com uma empresa de apostas. Segundo o político, Prior recebia 15% da receita perdida pelos novos apostadores.
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As investigações sobre a atuação das bets
- Também foram aprovados requerimentos para solicitar que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) compartilhe com a comissão informações de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) de Deolane Bezerra e de empresas de bets.
- Instalada em novembro, a CPI tem até o final de abril de 2025 para investigar a “influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras”, além da possível associação com organizações criminosas em práticas de lavagem de dinheiro.
- Os trabalhos ainda irão apurar se influenciadores estão envolvidos na promoção de apostas online nas redes sociais.
- As informações são do G1.
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