De Jesus até Messias Bolsonaro: Conheça a trajetória e polêmicas de Jim Caviezel

Nas últimas semanas, o filme Dark Horse vem chamando a atenção tanto pelo tema quanto pela forma como está sendo gravado. Conhecido popularmente como “o filme de Bolsonaro”, o projeto pretende misturar realidade e ficção para mostrar a campanha que levou Jair Messias Bolsonaro à presidência do Brasil em 2018.

Para interpretá-lo, foi convocada uma figura controversa de Hollywood, que chamou a atenção tanto por suas atuações quanto pelas declarações polêmicas. Aos 57 anos de idade, Jim Caviezel tem uma carreira com quase 40 anos de duração, que tem se voltado a temas religiosos e políticos em anos recentes.

Quem é Jim Caviezel, o Jair Messias Bolsonaro da ficção?

Nascido em Mount Vernon, em Washinton, Jim Caviezel iniciou sua carreira de ator aos 19 anos de idade, após sentir uma sensação de paz ao visitar um cinema — algo que ele atribuiu a uma mensagem de Deus. Após aparecer em filmes como Até o Limite da Honra e Wyatt Earp e se destacar em Além da Linha Vermelha, ele quase foi o Ciclope dos X-Men produzido pela Fox, mas teve que deixar o papel por conflitos de agenda.

  • O momento de destaque da carreira de Caviezel veio em 2004, quando ele interpretou Jesus Cristo em A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson;
  • Gravado com um orçamento de US$ 30 milhões, o longa foi um sucesso de bilheteria, com arrecadação superior a US$ 612,1 milhões;
  • Apesar de a atuação de Caviezel ter sido elogiada, o filme também foi acusado de ser excessivamente violento e transmitir uma mensagem antissemita;
  • Apesar do sucesso do longa, o ator se viu ignorado por Hollywood e passou a só ser convidado pra desempenhar papéis de vilões;
  • Com o tempo, relatos mostraram que as crenças de Caviezel, um cristão fervoroso, também influenciaram o rumo de sua carreira.

Caviezel é conhecido por se negar a participar de projetos que mostram qualquer tipo de nudez ou cenas de sexo. Além disso, sua oposição pública a questões como o aborto fizeram com que ele não fosse aceito pela comunidade de Hollywood, que costuma ter crenças mais liberais.

Som da Liberdade e polêmicas com o QAnon

Após alguns papeis de menor destaque, Caviezel voltou a chamar atenção ao concordar em 2018 a desempenhar o papel de Tim Ballard, protagonista de O Som da Liberdade. Uma versão ficcional de uma história real, o longa acompanha a história da Operation Underground Railroad, que tem como objetivo salvar crianças e mulheres do tráfico sexual internacional.

Lançado somente em 2023, o longa foi criticado por mostrar uma versão ficcional de Ballard, que é acusado de violar as políticas da própria organização que criou. Ele também chegou a ser acusado de abusar sexualmente das mulheres que havia prometido proteger, mas nenhum processo sobre o caso foi aberto por falta de evidências.

Durante a divulgação do filme, Caviezel associou o projeto ao QAnon, uma teoria da conspiração de extrema direita que afirma que as elites globais são responsáveis por um culto satânico que abusa de crianças e usa o sangue delas para obter a juventude eterna. Em resposta, o diretor Alejando Montaverde se distanciou do ator, afirmando que ficou com “o coração quebrado” ao ver seu trabalho ligado ao grupo.

Em uma entrevista ao falecido Charlie Kirk, Caviezel afirmou que só tomou conhecimento do QAnon em 2018, mas desde então passou a defender publicamente as crenças da teoria. Ele também usa sua presença pública para se opor a pesquisas sobre células-tronco, bem como àquilo que considera como obras e atos satânicos.

Jim Caviezel e o filme de Bolsonaro

Dado o quanto Jair Bolsonaro é uma figura divisiva dentro do Brasil, o próximo trabalho de Caviezel promete ser tão polêmico quanto A Paixão de Cristo e O Som da Liberdade. Dada a forma recheada de segredos como Dark Horse está sendo produzido e divulgado, ainda não é claro como o ator se envolveu com o projeto.

Jim Caviezel tem carreira marcada por papéis polêmicos. Imagem: Divulgação/Newmarket Films

Além de acompanhar a campanha eleitoral de 2018, o longa-metragem também deve mostrar o passado do político. Na história, escrita por Mario Frias, ele deve aparecer como um militar honesto que vê sua vida abalada quando confronta traficantes que atuam na Amazônia.

Dark Horse também promete mostrar várias tentativas de assassinato de Bolsonaro após a famosa facada, que teriam sido arquitetadas por partidos de esquerda. Até o momento, no entanto, não há uma sinopse oficial sobre o filme, tampouco uma previsão de quando ele vai ser lançado.

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