O ser humano gosta naturalmente de grandes títulos e grandes marcos. Itu, no interior de São Paulo, por exemplo, é a “cidade dos exageros”. Já Garanhuns, em Pernambuco, é conhecida como a “Suíça Pernambucana”. Tem ainda Maragogi, em Alagoas: o “Caribe brasileiro”.
Dentro do universo da Geografia, existem vários recortes interessantes e um dos mais curiosos diz respeito ao ponto central de cada continente. O chamado centro geográfico.
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Na América do Sul, a questão é ponto pacífico. O centro fica em Cuiabá, a capital mato-grossense. O local foi definido em 1909 pelo Marechal Rondon – e existe, inclusive, um monumento por lá. Trata-se de um obelisco de 20 metros de altura.
Enquanto há pouca ou nenhuma discussão em nosso continente, não podemos afirmar a mesma coisa nos outros. Achar o centro geográfico depende muito do critério utilizado pelos pesquisadores. E pode suscitar algumas disputas políticas.
Para uma pequena cidade, por exemplo, dizer que é o centro geográfico do continente ou do país pode significar um boom do Turismo na região.
O centro nos outros continentes
- Na África, assim como na América do Sul, não há muita disputa entre os países quanto à localização.
- De acordo com o World Atlas, o marco fica perto da cidade de Epena, em Camarões.
- Já na Oceania, a maioria dos especialistas considera apenas o território australiano para fazer o cálculo.
- Nesse caso, o centro geográfico fica em Lambert Centre, um local que pode ser acessado por estrada, no meio do deserto.
- Na Ásia, o assunto já começa a ficar um pouco mais polêmico.
- Há dois concorrentes para o posto: o primeiro fica na Rússia, perto da cidade de Kyzyl.
- Por lá levantaram um monumento, em 1968, para marcar o ponto como o centro asiático.
- Em 1992, porém, um grupo de cientistas apresentou um cálculo diferente e anunciou o centro geográfico na China, cerca de 20 quilômetros a sudoeste da cidade de Ürümqi.
Conflitos políticos
Como disse lá em cima, a definição desse marco pode ser importante para fins turísticos ou apenas para dizer que “o meu país é mais legal que o seu”. E isso vai ficar ainda mais claro agora.
As principais disputas políticas sobre o tema ocorrem na América do Norte e na Europa. Na primeira, por muito tempo, o centro do continente foi considerado a cidade de Rugby, na Dakota do Norte. Ela tem até um monumento que diz isso tudo.
Só que nos últimos anos apareceram novos candidatos. Um deles é um bar na cidade de Robinson (158 quilômetros ao sul de Rugby). O outro fica na cidade de Center, também na Dakota do Norte. Nesse último caso, existe até um artigo científico defendendo a tese.
Na Europa, a disputa é grande e inclui duas cidades na Alemanha, duas na Polônia e um local na Suécia, Eslováquia, Bielorrússia, Hungria, República Tcheca, Estônia e Ucrânia – ufa!
Se você pesquisar na internet, porém, a resposta será a aldeia de Girija, na Lituânia. Isso levando em consideração o método mais comum de medição: o da figura geográfica do continente.
Vale destacar que as diferenças nos cálculos ocorrem por fatores como a inclusão ou não de certas ilhas, além da forma como os limites da Europa são definidos no leste.
As informações são do IFL Science.
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