Diabetes: como a realidade virtual e o metaverso podem ajudar no diagnóstico

Novembro é considerado o mês de conscientização do diabetes, período que visa alertar a população sobre os riscos causados pela doença, bem como disseminar informações e incentivar a prevenção. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, o Brasil é o quinto em incidência no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos, com idades entre 20 e 79 anos. 

Por ser um problema que acomete tantos indivíduos, o rápido diagnóstico é fundamental para o tratamento adequado. Por isso, é necessário que toda a comunidade médica e profissionais da saúde estejam sempre atualizados. E hoje, graças aos avanços da tecnologia com o uso de realidade virtual (VR) e inteligência artificial (IA), essa jornada já começa nos primeiros anos da universidade, com ambos os métodos colaborando para diagnósticos mais precisos e precoces. 

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Hoje, estudantes já têm a oportunidade de serem colocados frente a casos clínicos virtuais customizados ambientados no metaverso. Isto é, por meio de simulações reais para ações do dia a dia de docentes e discentes de Medicina, a nova tecnologia oferece situações que permitem a prática e a experiência mais próxima da realidade para potencializar o conhecimento dos professores e um melhor aprendizado dos alunos. 

Imagem: shutterstock/Pop Paul-Catalin

Metaverso e a medicina 

Para isso, a novidade traça um perfil socioeconômico do paciente virtual, em que consta informações como profissão, estado civil, características físicas e de saúde. A experiência no consultório ocorre por meio da narração de uma ocorrência de mal-estar vivenciada pelo personagem, o que o leva a buscar por atendimento médico. Na consulta, realizada pelo aluno imerso no ambiente com óculos de realidade virtual, é realizada a anamnese. Ou seja, uma entrevista é realizada pelo profissional de saúde para entender os sintomas narrados pelo paciente, bem como a realização do exame físico para chegar a um diagnóstico assertivo. 

A ferramenta não só ajuda a diminuir a curva de aprendizado em diversas Instituições de Ensino em Saúde, como permite que os estudantes treinem e apliquem na prática seus conhecimentos. E com isso, desenvolvem atributos essenciais para os profissionais de saúde, como a análise, o conhecimento e a empatia com a pessoa que está à sua frente. 

“As vantagens que vejo hoje com relação ao modelo em 3D é que, nas aulas, por mais que tenhamos o corpo real, não conseguimos, às vezes, fazer com que o aluno entenda essa tridimensionalidade das peças. Acho que isso é uma grande vantagem da ferramenta”, aponta o professor e médico anatomista, Paulo Gonzales. 

Imagem: Chinnapong – Shutterstock

Benefícios da Realidade Virtual (VR) na formação  

Estudos apontam que o metaverso pode trazer inúmeros benefícios para o aprendizado. Dados da PwC apontam que pessoas treinadas com a utilização da Realidade Virtual (VR) podem ficar até 275% mais confiantes para agir com o que aprenderam a partir do uso da ferramenta, que pode trazer uma melhora de 40% no aprendizado. Na medicina, a tecnologia permite ao aluno chegar o mais perto possível da realidade vivenciada na profissão, formando profissionais ainda mais confiantes e preparados. 

Um exemplo de pioneirismo na criação de soluções com ambiente virtuais para o ensino em saúde é a MedRoom, edtech que chegou para adicionar uma nova dimensão à educação em saúde. 

A startup possui um dos mais completos modelos do corpo humano em 3D do mundo e usa a realidade virtual para possibilitar uma experiência mais profunda e interativa do aprendizado. O ambiente metaverso da edtech permite a simulação de experiências destinadas a treinamentos na área da saúde, como diagnóstico em pacientes virtuais gerenciados por meio da Inteligência Artificial (IA). Com isso, os alunos já aprendem a diagnosticar doenças como a diabetes, uma vez que realizam a anamnese médica, bem como a aferição da pressão e batimentos cardíacos. 

Além disso, no laboratório de anatomia virtual, o Atrium, os alunos podem estudar livremente o corpo humano, explorar cada estrutura, isolar órgãos e sistemas de uma maneira nunca vista. Desse modo, o metaverso permite aos acadêmicos chegarem o mais perto possível da realidade vivenciada na profissão e, consequentemente, reduzir possíveis erros médicos no futuro. 

“Fomos nos adaptando às mudanças tecnológicas e inovações impostas no cenário que estamos vivendo. Com todas as novidades, o caminho para o metaverso começou a ficar mais claro e tangível. Agora não trabalhamos só com VR, mas também com a web e o aplicativo de celular. Como todo esse universo que criamos é interligado e funciona para momentos diferentes do aprendizado”, aponta Vinícius Gusmão, CEO da MedRoom. 

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