O resultado de um transplante experimental de células do pâncreas realizado no Hospital Universitário de Uppsala, na Suécia, gera esperança em pacientes com diabetes tipo 1. Após o procedimento, um paciente voltou a produzir insulina.
Segundo os pesquisadores, células de ilhotas de doadores editadas geneticamente sobreviveram 12 semanas dentro do homem. Tudo isso sem a necessidade de uso de qualquer medicamento imunossupressor.

Técnica de edição gênica foi utilizada no trabalho
De acordo com os cientistas, as células de ilhotas são aglomerados de células encontradas no pâncreas responsáveis pela produção de hormônios que regulam os níveis de glicose no sangue. Elas são essenciais para o controle do açúcar no sangue e a manutenção da homeostase metabólica.
No novo trabalho, os pesquisadores conduziram o primeiro ensaio clínico aberto em humanos para testar se células de ilhotas hipoimunes modificadas poderiam evitar a rejeição. Para isso, usaram a técnica CRISPR-Cas12b de edição genética para alterar ilhotas de um pâncreas de doador falecido com compatibilidade.

Em seguida, essas células foram injetadas no paciente, um homem solteiro de 42 anos com histórico de diabetes tipo 1 há 37 anos, sob anestesia geral. Não foram administrados glicocorticoides, anti-inflamatórios ou imunossupressores. As informações são de O Globo.
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Transplante teve resultados promissores
- Apenas quatro eventos adversos leves foram registrados durante o experimento, mas nenhum foi considerado relacionado ao transplante.
- Os pesquisadores concluíram que a edição genética hipoimune pode, eventualmente, levar à substituição curativa de células beta para diabetes tipo 1 sem imunossupressão sistêmica.
- Isso poderia facilitar o manejo diário e reduzir complicações a longo prazo para milhões de pessoas.
- Lembrando que o diabetes tipo 1 de início precoce é associado à redução da qualidade de vida, risco cardiovascular grave e redução da expectativa de vida.
- A toxicidade da imunossupressão ao longo da vida também contribui para a morbidade e mortalidade em receptores de órgãos.
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