EagleVision: conheça o ‘radar’ brasileiro que mede a velocidade nas pistas e não multa

As estradas brasileiras já contam com algumas tecnologias curiosas e inovadoras, como o pedágio sem cancela e o uso de drones para monitorar ultrapassagens proibidas. Para além delas, uma plataforma desenvolvida por uma empresa nacional também quer ocupar uma vaga nesse setor para auxiliar concessionárias e passageiros.

É a EagleVision, desenvolvida pela COMPSIS, uma companhia brasileira sediada na cidade paulista de São José dos Campos que se especializou em soluções inteligentes para mobilidade e atua há 35 anos no setor.

Esse Sistema de Análise de Tráfego (SAT) combina um recurso tradicional com um elemento moderno, com o objetivo de tornar o tráfego mais eficiente e seguro. Para isso, ele aposta em câmeras e inteligência artificial (IA) para traçar um perfil preciso do movimento de veículos — sem a finalidade de aplicação de multas, já que ele não é exatamente um radar comum.

Como funciona o EagleVision

  • O EagleVision, ou “visão de águia” em tradução literal para o português, é um conjunto de sensores e câmeras posicionados em estruturas suspensas em pontos específicos de uma rodovia;
  • ele não é um radar, apesar da aparência e da funcionalidade parecidas: o equipamento faz a medição da velocidade média da rodovia, não dos veículos individuais, com base nos pontos de tráfego capturados pelas câmeras;
  • a instalação do sistema de monitoramento é considerada “100% não intrusiva”, o que significa que não é necessário paralisar pistas para realizar obras de instalação de sensores no pavimento, por exemplo;
O EagleVision em funcionamento para analisar o tráfego em um trecho de pedágio. (Imagem: COMPSIS)
  • até pela estrutura relativamente simples, ela é considerada uma tecnologia facilmente escalável (ou seja, que pode ser expandida para mais trechos e regiões) e também de baixo custo;
  • o EagleVision pode se adequar a diferentes modelos de câmeras, dependendo até dos equipamentos que já estão instalados em determinadas regiões;
  • o sistema mantém a precisão nas medidas e coleta de dados mesmo em condições climáticas adversas, como neblina, e funciona até mesmo em locais de sinal de internet instável ou quase inexistente;

O que o EagleVision mede?

Apesar do sistema não ter como função detectar motoristas que esteja infringindo regras de trânsito, ele é capaz de coletar dados envolvendo esses veículos que permitem a compreensão do trânsito em determinados pontos. As métricas incluem:

  • a velocidade média da rodovia, com base no posicionamento e no fluxo de veículos;
  • a contagem de veículos e eixos com precisão para classificar cada um por tipo (como motos, automóveis e caminhões pesados);
  • medição do comprimento dos veículos e o espaçamento entre eles; 
  • análise da densidade do tráfego por variáveis como faixa, horário e pista; 
  • de posse de todas essas informações, a plataforma gera relatórios automáticos com estatísticas que são avaliadas pelas autoridades de trânsito;

O EagleVision pode ser contratado por concessionárias e governos para auxiliar na elaboração de um planejamento detalhado da operação na rodovia. Ele é também um sistema preventivo, ou seja, que pode antecipar situações de risco e permitir correções antes de algum incidente.

A análise de tráfego identifica elementos como o tipo e o tamanho dos veículos para gerar dados. (Imagem: COMPSIS)

A partir dos números, é possível traçar um planejamento para reduzir “gargalos” em determinados pontos da estrada, por exemplo, ou então determinar os horários em que é necessário maior fiscalização.

Apesar de tantos avanços, o Brasil é considerado um país que está na contramão da mobilidade sustentável nos últimos anos. Quer entender o motivo? Confira este artigo no site do TecMundo!

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