Na semana passada, Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), compartilhou uma série de postagens com desinformação, segundo uma análise do jornal New York Times (NYT). Entre segunda (16) e sexta-feira (20), o empresário postou 171 vezes na rede social, abordando temas como imigração ilegal, teorias de fraude eleitoral e ataques a candidatos democratas.
Um dos episódios mais notáveis ocorreu horas antes de um comício de Donald Trump em Nova York, quando Musk ampliou para seus quase 200 milhões de seguidores rumores infundados sobre uma bomba nas proximidades de onde o candidato estaria. Embora a informação tenha sido desmentida, a postagem do bilionário foi uma das muitas que espalharam desinformação durante aquela semana.
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Desinformação vista milhões de vezes
A análise do jornal norte-americano revelou que quase um terço das postagens de Musk na semana passada eram falsas ou enganosas. Essas postagens foram vistas mais de 800 milhões de vezes.
Entre o conteúdo mais visto postado por ele, estava uma projeção enganosa da corrida presidencial dos Estados Unidos, mostrando Trump vencendo a maioria dos estados decisivos. Mesmo após ser alertado sobre os dados estarem desatualizados, Musk não corrigiu a postagem.
Deepfake é liberdade de expressão?
O empresário também compartilhou vídeos deepfake (novamente, o vídeo manipulado da candidata Kamala Harris, rival de Trump) e alegações falsas sobre legislação da Califórnia contra desinformação. De acordo com a análise do NYT, mais da metade das postagens do empresário na semana passada focaram em política, especialmente imigração, fraude eleitoral e liberdade de expressão – ou no que ele entende ser isso.
Dezenas de postagens de Musk foram sinalizadas pelo programa Community Notes do X, mas apenas uma tinha uma correção visível, segundo a apuração. Algumas impressões após o período analisado pelo NYT são de que o empresário manteve o ritmo carregado na desinformação.
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