A Ferrari não sai de moda. A marca tem uma lista de espera que vai até 2026 e, seguindo a onda de outras montadoras, está planejando o lançamento de seu primeiro carro elétrico ainda para este ano. Isso não impediu que a marca tradicional do automobilismo desse um passo atrás.
Em entrevista ao site Carsales, o diretor de desenvolvimento de produtos da Ferrari, Gianmaria Fulgenzi, confirmou que a empresa está considerando o retorno da transmissão manual. E um nome de peso do automobilismo já apoiaram a ideia.
Ferrari quer trazer transmissão manual de volta
Já haviam rumores de que a Ferrari queria o retorno da transmissão manual, após 13 anos sem esse tipo de tecnologia. A entrevista de Fulgenzi confirmou isso.
Segundo o diretor de desenvolvimento, a marca estaria considerando essa ideia, mas apenas para carros considerados adequados. Ele não deu nenhuma previsão de quando isso pode acontecer, dizendo apenas “no futuro”.
Quando questionado sobre quais modelos seriam adequados, o executivo respondeu:
Provavelmente um Icona, porque é um carro que representa nossa herança, um carro para ser admirado e dirigido de uma determinada maneira.
Gianmaria Fulgenzi, diretor de desenvolvimento de produtos da Ferrari
Carro priorizaria conexão emocional do que desempenho
O último carro com câmbio manual da Ferrari foi o California, descontinuado em 2012. A mudança para transmissão manual de dupla embreagem veio numa tentativa de melhorar a eficiência e o desempenho.
No entanto, Fulgenzi descobriu que os modelos com transmissão manual ainda são populares e desejados por colecionadores. O foco, nesse caso, não seria o desempenho dos carros, mas sim a conexão emocional com o símbolo da Ferrari. Ou seja, os modelos de corrida devem ficar de fora dessa mudança, se ela acontecer.
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O câmbio manual tem apoio de uma personalidade bem famosa do automobilismo:
- O heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton já apoiou o retorno para a transmissão manual;
- De acordo com o New Atlas, o piloto afirmou que “está ansioso para uma edição moderna da clássica Ferrari F40;
- Ainda, para Fulgenzi, aumentar o desempenho não é necessariamente o foco para ‘motoristas comuns’. “Não acho que todos os nossos clientes queiram ter que treinar todas as manhãs só para dirigir nossos carros”, completou.
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