Os avanços científicos permitiram o lançamento de satélites e outros dispositivos para o espaço. Estas missões melhoraram a rede de comunicações aqui na Terra, bem como nosso entendimento sobre o que há fora do nosso planeta.
Por outro lado, criou-se um problema bastante sério, com cientistas alertando que o lixo espacial pode ser o responsável pela próxima emergência ambiental. Um cenário que pode ser revertido graças a uma nova invenção.
Dispositivo pode ajudar a limpar a órbita baixa da Terra
- Em estudo publicado na revista Scientific Reports, pesquisadores apresentaram a ideia de um propulsor de plasma bidirecional.
- O dispositivo usa um motor iônico para lançar pedaços perigosos de lixo espacial na atmosfera, onde eles podem queimar com segurança.
- O diferencial é o uso de dois escapamentos apontando em direções opostas.
- O impulso de cada um deles cancelaria o do outro, permitindo que o satélite de remoção se mantivesse parado enquanto realiza o trabalho.
- O equipamento foi projetado para ser capaz de remover pedaços maiores de lixo espacial.
- Isso é fundamental para evitar colisões com satélites, por exemplo.
- Dessa forma, a invenção pode ajudar a limpar a órbita baixa da Terra.
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Possíveis efeitos do acúmulo do lixo espacial
A previsão é que cerca 100 mil espaçonaves possam circundar a Terra até o final desta década. A maioria pertencente a um dos projetos de megaconstelação de satélites, como o Starlink, da SpaceX, que estão atualmente planejados ou sendo implantados. Já a quantidade de lixo espacial queimando na atmosfera anualmente deve ultrapassar 3.300 toneladas.
A maioria dos foguetes em uso hoje funciona com combustíveis fósseis e libera fuligem, que absorve calor e pode aumentar as temperaturas nos níveis superiores da atmosfera da Terra. A incineração atmosférica de satélites produz óxidos de alumínio, que também podem alterar o equilíbrio térmico do planeta.
Ambos os tipos de emissões também têm o potencial de destruir o ozônio, o gás protetor que impede que a perigosa radiação ultravioleta (UV) atinja a superfície da Terra. E também podem produzir anomalias significativas de temperatura na estratosfera. Outro efeito deste manto de cinzas metálicas que está se formando na estratosfera como resultado das reentradas dos satélites pode ser a interferência no campo magnético da Terra.
Essas poeiras podem enfraquecer o campo magnético, possivelmente permitindo que uma radiação cósmica mais prejudicial atinja a superfície do planeta. Quanto maior a altitude das partículas de poluição do ar, mais tempo elas permanecerão na atmosfera e mais tempo terão para causar estragos. E o tamanho destas consequências ainda é algo desconhecido.
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