Em determinadas condições, o submarino pode ser um dos lugares mais seguros para se estar durante um tsunami, assim como o topo de uma montanha ou outros pontos situados em grandes altitudes. Construída para suportar a pressão da água no fundo do mar, a embarcação consegue navegar em várias profundidades.
Tal característica faz diferença para proteger contra as fortes ondas geradas a partir desses eventos. Como destacou o SlashGear, os tsunamis não se mostram tão imponentes nas profundezas do oceano, ao contrário de quando são vistos na superfície, normalmente resultando em ondas quase imperceptíveis.
Em qual profundidade os submarinos estão seguros contra tsunamis?
Surgindo como pulsos longos e que geralmente não chegam a 1 m de altura nas regiões mais profundas do mar, os tsunamis causam pouco ou nenhum impacto aos submarinos navegando centenas de metros abaixo da superfície. Mas a situação muda à medida que as embarcações sobem.
- O perigo está nas zonas entre 50 m e 150 m de profundidade, regiões em que a energia das ondas começa a se intensificar;
- Quando o tsunami chega às águas rasas, a sua força fica ainda maior, representando uma ameaça imediata à embarcação;
- Mesmo os submarinos mais poderosos não conseguiriam resistir à força da água nas zonas mais próximas à superfície, como afirma a reportagem, com as ondas sendo capazes de lançar milhares de toneladas de aço sem dificuldade;
- Caso o casco se mantivesse intacto, provavelmente seus sistemas internos estariam seriamente danificados ou totalmente destruídos.
Ainda nas zonas mais rasas, há o risco de que a embarcação se depare com correntes violentas e repentinas, fruto das ondas gigantes se movimentando, afetando a flutuabilidade e a estabilidade. Nessa situação, ela pode ser lançada para um mergulho em altíssima velocidade, como se estivesse caindo de um penhasco.
Os tsunamis são formados a partir de grandes terremotos no fundo do mar, deslocando a água e gerando ondas que se propagam em alta velocidade para diferentes direções. Deslizamentos de terra e erupções vulcânicas submarinas são outras causas do fenômeno que pode causar inundações devastadoras.
Navegando em águas calmas
Estudos sugerem que qualquer submarino com capacidade de se manter a 400 m de profundidade tem riscos mínimos de ser atingido por tsunamis, mesmo com a formação de ondas gigantescas de mais de 200 m. A exceção está nos casos mais extremos, em que as ondas sejam resultado do impacto de um asteroide, por exemplo.
Já para garantir risco zero, é necessário que o submarino vá ainda mais fundo no oceano, conforme a publicação. Modelos de casco de titânio, como as embarcações Komsomolets e Losharik que mergulham a 1.250 m e a mais de 2.000 m de profundidade, respectivamente, estariam fora do alcance dos tsunamis.
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