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Este é o efeito do “apito da morte asteca” no cérebro humano

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Em um estudo inédito publicado na Communications Psychology, pesquisadores analisaram os efeitos do apito da morte asteca no cérebro dos humanos modernos. O dispositivo emite sons assustadores – que se assemelham bastante a gritos de desespero – e, como explica a equipe, consegue colocar nosso córtex auditivo em extremo estado de alerta.

Entenda:

  • Pela primeira vez, pesquisadores analisaram os efeitos do apito da morte asteca no cérebro dos humanos modernos;
  • O dispositivo emite sons bastante parecidos com gritos de desespero, e colocam nosso córtex auditivo em alerta;
  • Além de aterrorizar adversários em confrontos, os apitos também podem ter sido usados em cerimônias de sacrifício humano, sugerem os pesquisadores;
  • Experimentos com voluntários ainda mostraram que nosso cérebro se esforça para encontrar significados simbólicos no som do apito da morte.
Este é o efeito do “apito da morte asteca” no cérebro humano
Apito da morte era usado pelos astecas para aterrorizar inimigos. (Imagem: Jennysnest/Wikimedia Commons)

De acordo com os autores do estudo, os antigos astecas podem ter usado o apito da morte para aterrorizar adversários no campo de batalha ou, ainda, em cerimônias de sacrifício humano, imitando o assovio do vento no submundo asteca ou representando Ehecatl, o deus do vento em sua mitologia.  

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Usando réplicas de apitos astecas, os pesquisadores conduziram experimentos psicoacústicos com voluntários, registrando suas respostas neurais e psicológicas ao apito da morte. Com técnicas de neuroimagem, a equipe detectou “atividade cerebral muito específica” em regiões do córtex auditivo que respondem a ruídos assustadores.

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Equipe criou réplicas de apitos da morte astecas. (Imagem: Frühholz, S. et al./ Communications Psychology, 2024)

Os ouvintes do experimento descreveram os sons do apito como “muito negativos”, “assustadores” e “aversivos”. A equipe aponta “uma origem híbrida natural-artificial”, com “uma mistura ambígua de componentes sonoros familiares e desconhecidos, bem como um simbolismo multicamadas”.

Ou seja, ao ouvir o som aterrorizante do apito, nosso cérebro não apenas é colocado em alerta máximo, mas também se esforça para tentar identificar um significado simbólico – o que torna a utilização dos apitos em rituais “muito provável, especialmente em ritos e cerimônias de sacrifício relacionadas aos mortos”, escreve a equipe.

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