Nem todas as partes do corpo envelhecem no mesmo ritmo — e um novo estudo revela que a aorta pode ser a primeira parte do corpo a dar início ao envelhecimento sistêmico.
Publicado este mês na revista Cell, o estudo mapeou como proteínas em diferentes órgãos humanos mudam ao longo de 50 anos, criando o que os autores chamam de “projeto proteômico do envelhecimento nos tecidos humanos”.
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Descobertas do estudo
- A pesquisa mostra que mudanças significativas nos níveis de proteínas começam por volta dos 50 anos, mas já aos 30 a aorta apresenta sinais precoces de envelhecimento, junto com o baço e a glândula adrenal.
- A aorta, em especial, revelou flutuações proteômicas contínuas e mais pronunciadas do que qualquer outra parte do corpo, funcionando como uma espécie de “antena” que transmite sinais de envelhecimento ao restante do corpo por meio de proteínas como a GAS6.
- Essas proteínas não apenas aceleram o envelhecimento de outros órgãos, mas também podem servir como biomarcadores ou alvos terapêuticos.
Mais tratamentos contra o declínio físico
Para o professor Guang-Hui Liu, da Academia Chinesa de Ciências, “vasos sanguíneos não são apenas tubos; são emissores precoces do envelhecimento”.
Segundo ele, entender quais órgãos e artérias envelhecem primeiro e como eles influenciam o resto do corpo pode abrir caminhos para retardar o declínio físico e reduzir o risco de doenças crônicas.
Ao focar na comunicação entre os órgãos — e não apenas em seu envelhecimento isolado — o estudo propõe uma nova abordagem para estudar e, eventualmente, intervir no processo de envelhecimento humano.
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