Um tribunal dos Estados Unidos ordenou que o grupo NSO, empresa de ciberinteligência de Israel, pare de usar seu software de espionagem no WhatsApp. Executivos da Meta comemoraram a decisão.
A NSO é conhecida por sua ferramenta própria de spyware, a Pegasus, capaz de espionar smartphones de forma remota.

EUA ordenou que o grupo NSO pare com os ataques
A decisão foi proferida na sexta-feira (17), pela juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Phyllis Hamilton. Ela impôs uma liminar que proíbe o grupo NSO de invadir o WhatsApp.
A decisão também concedeu um desconto no valor em danos causados pela empresa, de US$ 167 milhões para US$ 4 milhões.
De acordo com a Reuters, o grupo vem usando o Pegasus para aproveitar as fraquezas de softwares e aumentar a espionagem. O WhatsApp tem sido um dos principais alvos e a decisão do tribunal americano deve dificultar essa ação.

Decisão dos EUA pode levar NSO à falência
A NSO é proprietária do Pegasus e já havia argumentando que a decisão que a impede de usá-lo no WhatsApp poderia colocar todo seu negócio em risco e forçá-la a sair do mercado. O grupo também defende que seus produtos de espionagem ajudam a combater crimes graves e terrorismo.
Do outro lado, os executivos da Meta comemoraram a decisão. Will Cathcart, chefe do WhatsApp, escreveu no X que a “decisão de hoje proíbe o fabricante de spyware NSO de atacar o WhatsApp e nossos usuários globais novamente. Aplaudimos esta decisão que surge após seis anos de litígio para responsabilizar a NSO por atacar membros da sociedade civil”.
Em resposta, a NSO disse que revisaria a decisão e “determinaria seus próximos passos adequadamente”.

Vírus que se espalha pelo WhatsApp pode roubar dados bancários
- A Kaspersky anunciou que já bloqueou mais de 62 mil tentativas de ataque utilizando o Maverick, um novo trojan bancário voltado a usuários brasileiros;
- O vírus infecta o computador através de arquivos de atalho do Windows, se espalhando através do WhatsApp Web;
- Segundo a empresa de segurança cibernética, todas as ocorrências foram registradas neste mês de outubro. A descoberta indica que existe uma campanha de ataques sendo realizada neste momento com foco no Brasil.
Saiba os detalhes neste link.
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