Um levantamento realizado pela ONG Germanwatch, focada na proteção do meio ambiente, traz dados assustadores sobre os impactos dos eventos climáticos extremos nas últimas décadas. O trabalho, intitulado Índice de Risco Climático, compilou dados de 1993 a 2022.
Neste período, quase 800 mil pessoas morreram em função de tempestades, inundações, secas, ondas de calor e incêndios florestais. Além da perda de vidas, os prejuízos econômicos foram gigantescos, atingindo a ordem de trilhões de dólares.
Clima extremo é resultado das mudanças climáticas
O índice classificou os países de acordo com o impacto econômico e humano dos eventos extremos. Para isso, levou em conta dados como número de mortos, feridos, desabrigados e forçados a se deslocar, bem como os danos financeiros provocados.
No total, foram mais de 9.400 eventos climáticos extremos no período analisado. Eles causaram a morte de 765 mil pessoas e perdas econômicas da ordem de US$ 4,2 trilhões, o equivalente a mais de R$ 24 trilhões.

De acordo com a ONG Germanwatch, o objetivo do levantamento é mostrar os riscos reais que os países estão enfrentando. Além disso, quer deixar claro que os eventos não poupam as nações consideradas ricas e desenvolvidas.
Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho ainda destacaram que a frequência e a intensidade destes desastres aumentaram nos últimos anos e isso deve piorar ainda mais em razão dos efeitos das mudanças climáticas. Por isso, pedem que as autoridades tomem medidas urgentes para reverter a crise climática.
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Os países mais afetados, segundo o levantamento
- Paquistão;
- Belize;
- Itália;
- Grécia;
- Espanha;
- Porto Rico;
- Estados Unidos;
- Nigéria;
- Portugal;
- Bulgária.
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