Ex-funcionário da Intel rouba 18 mil arquivos internos após saber de demissão

Um engenheiro de software que foi demitido da Intel saiu da empresa depois de roubar dezenas de milhares de arquivos, inclusive dados altamente confidenciais. Agora, ele foi processado pela companhia e pode ter que pagar uma alta quantia em dinheiro pela operação.

A história foi contada pelo site The Mercury News, baseado nos documentos submetidos pela própria Intel nos tribunais. Até o momento, o acusado ainda não se pronunciou por conta própria ou por representantes jurídicos.

Apesar de não detalhar o que aconteceu, é provável que o funcionário tenha sido desligado em um dos recentes cortes feitos pela Intel — em julho, até 20% dos colaboradores das fábricas teriam sido dispensados como parte da estratégia de reestruturação interna da gigante dos chips.

Por outro lado, a empresa agora passou a registrar lucro depois de vários trimestres com problemas financeiros, em especial por novos acordos firmados com empresas que incluem a antiga rival Nvidia e a compra de 10% das ações pelo governo de Donald Trump.

O que foi roubado da Intel?

  • O caso policial envolve Jinfeng Luo, morador de Seattle e que trabalhava na Intel desde 2014. No começo de julho deste ano, ele foi informado que seria dispensado no final do mesmo mês;
  • Uma semana antes da saída do escritório, Luo teria tentado baixar arquivos do seu próprio computador corporativo usando um dispositivo externo de mídia (como um HD externo ou pendrive), mas foi bloqueado pelos controles internos de proteção;
  • Dias depois, ele usou um aparelho diferente para fazer a cópia: um pequeno servidor de armazenamento conectado à rede (NAS, na sigla original em inglês). Desta vez, ele conseguiu um meio de fazer a transferência com sucesso;
  • Nos últimos dias do aviso prévio de dispensa, Luo teria baixado “quase 18 mil arquivos”, incluindo alguns que estavam marcados como “altamente secretos” — mas que não tiveram o assunto ou teor informados pela marca;
  • Ao perceber o roubo, a Intel alega que tentou por meses contatar o funcionário sem sucesso, o que levou a companhia a abrir uma ação judicial no estado norte-americano de Washington;

A Intel agora acusa Luo de não apenas roubar documentos confidenciais, mas também de possivelmente tentar comercializá-las com concorrentes ou agentes mal intencionados — o que se enquadraria também no crime de espionagem industrial.

A empresa pede uma indenização de US$ 250 mil, além de uma ordem judicial para que ele entregue os próprios aparelhos eletrônicos para inspeção pelas autoridades e a devolução das informações confidenciais que estiverem nos dispositivos.

Confira também: um ex-CEO da Intel disse que estamos atualmente em uma bolha da IA, mas ainda tem uma visão otimista sobre a área. Saiba mais sobre o tema nesta matéria!

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