A CEO e fundadora da Ark Invest, Cathie Wood, destacou recentemente o potencial da inteligência artificial (IA) para acelerar o desenvolvimento de robôs humanoides.
Em entrevista à CNBC durante o Future Investment Initiative (FII), em Riade, na Arábia Saudita, Wood afirmou que máquinas com forma, tamanho e movimentos semelhantes aos humanos podem representar uma das maiores oportunidades dentro do universo da IA.
Segundo Wood, a chamada IA incorporada, voltada para aplicações como robotáxis e transformação do setor de transporte, além de impactos profundos na saúde, será o motor principal desse avanço. “O grande destaque serão os robôs humanoides. Acho que será a maior de todas as oportunidades em IA incorporada”, disse a executiva.

Humanoides: do imaginário à aplicação prática
Os robôs humanoides há muito despertam o interesse público, e empresas de tecnologia têm buscado produzir máquinas capazes de revolucionar setores como saúde, assistência pessoal e varejo. Apesar do entusiasmo, investidores historicamente demonstram cautela, questionando se esses robôs conseguirão entregar desempenho economicamente viável em cenários reais.
Elon Musk, CEO da Tesla, também aposta no conceito e afirmou recentemente que os robôs Optimus devem eventualmente corresponder a cerca de 80% do valor da fabricante de veículos elétricos. O fundo ARK Artificial Intelligence & Robotics UCITS ETF, liderado por Wood, inclui empresas como:
- Tesla (9,16%);
- Palantir (7,02%);
- AMD (6,14%).

IA e produtividade corporativa e pessoal
Wood ressaltou que, no setor corporativo, será necessário tempo para que grandes empresas se preparem e adotem as transformações trazidas pela IA. Empresas como Palantir, segundo a executiva, terão papel central na reestruturação das maiores corporações para aproveitar os ganhos de produtividade que a tecnologia promete.
No âmbito do consumidor, Wood destacou que a IA promete ampliar significativamente a produtividade individual. “O consumidor já está se beneficiando, e estamos ansiosos para que nossos assistentes pessoais façam compras por nós”, afirmou, acrescentando que a IA já contribuiu para acelerar atividades de pesquisa e outras tarefas diárias.

Embora otimista quanto ao potencial de longo prazo, Wood alertou sobre uma possível “checada de realidade” em curto prazo relacionada às expectativas sobre a IA. Ela defendeu que as avaliações elevadas de empresas de tecnologia devem se justificar ao longo de um horizonte de cinco anos, à medida que as aplicações se consolidam.
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A análise da executiva evidencia que a combinação entre IA, robôs humanoides e aplicações práticas tanto no consumo quanto no ambiente corporativo pode transformar significativamente setores inteiros, tornando os robôs uma peça central da próxima revolução tecnológica.
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