Começou na segunda-feira (15) o Exercício Guardião Cibernético 7.0 (EGC 7.0), sétima edição do treinamento de defesa cibernética considerado o maior do tipo no hemisfério Sul. As atividades acontecem na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília (DF), e no Comando Militar Norte (CMN), em Belém (PA).
Organizada pelo Ministério da Defesa, a iniciativa chega à sua nova edição com recorde de participantes. Serão 750 pessoas de 20 países, representando mais de 160 instituições, realizando o treinamento até a próxima sexta-feira (19) — consideradas as atividades online, o número chega a quase 1 mil inscritos.
O que é e como funciona o Guardião Cibernético 7.0?
Coordenado pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (ComDCiber), o EGC 7.0 é um treinamento para testar as capacidades de defesa cibernética do Brasil. A iniciativa inclui simulações que possibilitam verificar a eficácia de planos de contingência e validar diferentes estratégias de mitigação.
- O objetivo é aprimorar o preparo das Forças Armadas e das instituições envolvidas na segurança nacional e na proteção de infraestruturas críticas em áreas como transporte, energia, finanças e comunicações;
- Durante a atividade, os participantes também vão desenvolver soluções inovadoras para fortalecer a capacidade de reagir a ataques cibernéticos coordenados e de grande complexidade;
- Em uma das simulações, diretores de empresas e entidades participantes são colocados em situação difícil, sentindo na pele um problema de origem tecnológica com o qual nunca lidaram;
- Outros exercícios envolvem as equipes técnicas, com a finalidade de melhorar seu desempenho, e uma ocorrência muito maior, afetando várias empresas e passando a oferecer riscos ao país como um todo.
Para esta nova edição, a participação de Belém representa um papel estratégico. A capital paraense receberá um hub especial de operações, contribuindo na preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro.
Com isso, os organizadores acreditam ser possível reforçar a proteção dos sistemas digitais que fornecerão suporte à COP30, que terá grande visibilidade internacional. Cerca de 50 mil pessoas são esperadas na conferência, representando quase 200 países.
Resiliência das infraestruturas críticas nacionais
Iniciativas como o EGC 7.0 contribuem para aprimorar cada vez mais a resiliência tecnológica do país, de acordo com o Ministério da Defesa. Isso inclui a capacidade de um sistema de TI ou infraestrutura digital de prevenir, identificar, responder e se recuperar de falhas de hardware, ciberataques, erros humanos ou desastres naturais.
Na abertura do evento, o general Hertz Pires do Nascimento, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército (DCT), afirmou que o Guardião Cibernético consiste em uma “excelente ferramenta de integração do Ministério da Defesa com empresas e organizações que participam de uma atividade extremamente técnica”.
Ele explicou, ainda, que o Brasil tem apresentado um grande crescimento na área, com potencial até mesmo para exportar tecnologia.
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