A probabilidade de existir vida extraterrestre (em algum lugar do Universo) talvez não seja tão improvável. Afinal, basta olhar para o céu à noite para imaginar que alguns daqueles pontinhos possam trazer elementos que permitam o surgimento de seres vivos. Partindo dessa premissa, uma matéria na BBC pergunta “o que sabemos sobre a vida fora do ambiente perfeitamente regulado que é a Terra?”.
A resposta não é simples, mas especialistas afirmam que “mesmo sem evidências” existe vida em outros planetas.
Vida em outros planetas é uma questão de números
Segundo Maggie Aderin-Pocock, cientista espacial e apresentadore, em entrevista à BBC, “estamos bastante convencidos de que existe vida lá fora”.
É puramente uma questão de números. É probabilidade.
Maggie Aderin-Pocock, cientista do espaço, à BBC.
A tecnologia que temos atualmente já permite que cientistas estudem os chamados exoplanetas – planetas que orbitam estrelas fora do nosso Sistema Solar. Utilizando telescópios cada vez mais potentes, eles podem analisar a composição química em busca de uma composição semelhante à encontrada na Terra, o que poderia indicar a possibilidade desse planeta sustentar formas de vida, parecidas ou não com a nossa.
Evidências são encontradas na própria Terra
Segundo a BBC, organismos vivos estão sendo descobertos em locais que, até pouco tempo atrás, eram considerados hostis para o desenvolvimento de qualquer forma de vida, como em águas profundas ou sob quilômetros no interior do planeta, como falamos aqui.
Essas descobertas estão derrubando crenças de que a vida só poderia existir em planetas dentro de uma certa distância de uma estrela, devido aos níveis de radiação. Mas descobertas de vida prosperando em lugares considerados inóspitos abre espaço para encontrarmos vida não apenas em planetas, mas em luas que apresentam os mesmos compostos químicos encontrados na Terra.
É quase certo que, dentro da próxima década, ou próximo disso, iremos descobrir um planeta que talvez até mostre indícios potenciais de vida.
Tim O’Brien, professor de Astrofísica da Universidade Manchester, em entrevista à BBC.
Onde os cientistas buscam sinais de vida:
- Exoplanetas fora do Sistema Solar.
- Luas com compostos químicos semelhantes à Terra.
- Ambientes extremos da Terra como modelo (fundos oceânicos, subterrâneo).
- Radiotelescópios captando possíveis sinais.
Esqueçam os homenzinhos verdes, vida extraterrestre deve ser bem diferente
É provável que exista vida inteligente em outros planetas, mas, pelo menos por enquanto, é impossível que possamos comprovar. No entanto, apesar da crença popular incentivada por Hollywood, os “conhecidos” homenzinhos verdes serão dificilmente encontrados.
O’Brien explica que “durante grande parte da história da vida na Terra, a vida era muito simples”. Foram bilhões de anos até que um ser se destacasse na multidão. Comparando com o tempo que o ser humano levou para se desenvolver, uma espécie alienígena precisaria, pelo menos, passar por um processo parecido para se tornar tecnologicamente avançada.
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Além disso, a Terra não pode ser considera um modelo único para outros planetas. Seres vivos desenvolvidos em outros planetas podem viver em locais diferentes do que estamos acostumados.
O’Brien explica que desde os anos 1960, cientistas usam “radiotelescópios para detectar sinais” de vida extraterrestre, mas existem diversas formas que um extraterrestre pode enviar sinais, mas que poderiam passar despercebidos. E ainda existe o fator distância: pode levar milhares de anos para que as mensagens sejam enviadas e respondidas por alguém.
Sem falar que as viagens espaciais ainda estão muito distantes da nossa realidade, e cientistas acreditam que outras civilizações planetárias também não tenham essa capacidade. E mesmo que tivessem, será que eles iriam querer nos conhecer?
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